Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A importância de se discutir doenças mentais na contemporaneidade

Redação enviada em 16/06/2019

Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o crescimento das doenças mentais afetando à população brasileira, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse contexto, convém analisarmos os principais desafios que devem ser superados de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada. Em primeira análise, é importante ressaltar que as doenças mentais serão o motivo de maior incapacitação no mundo em 2030, mediante dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o filósofo Émile Durkheim, o suicídio, uma das consequências diretas dos distúrbios mentais, é um fato social e, segundo a OMS, apresenta 90% das mortes ligadas a essas enfermidades. Diante desses dados, visto que com a necessidade de apresentar melhores resultados no emprego ou nos estudos e de atender ao padrão estético estabelecido pela mídia, o ser humano tem sido acometido por transtornos de caráter psicológico. Dessa forma, a busca por uma vida livre dessa cobrança moral se faz necessária. Outrossim, é válido salientar que, conforme Immanuel Kant, o princípio da ética é agir de forma que essa ação possa ser uma prática universal. De maneira análoga, o desrespeito de certos indivíduos perante as pessoas que possuem doenças mentais vai de encontro à ética Kantiana, dado que se esses cidadãos continuarem a desrespeitar a integridade alheia, a sociedade entraria em profundo desequilíbrio. Com base nisso, o abuso desses atos é prejudicial à ordem social e, por conseguinte, torna-se contestável quando executado sem consentimento. Em suma, com o intuito de amenizar essa problemática, o Congresso Nacional, em parceria com o Ministério da Saúde, deve promover campanhas voltadas ao esclarecimento e à orientação da população sobre o diagnóstico, a terapêutica e o prognóstico das doenças mentais. Para tal, os médicos e psicólogos das unidades de saúde deverão realizar palestras abertas à participação popular sobre o universo da saúde e das doenças mentais, com o objetivo de acolher e sanar dúvidas sobre o tema, contribuindo para a mitigação do estigma que tanto tortura o portador de qualquer transtorno psiquiátrico. Feito isso, somente com essas tomadas de medidas existirá a garantia de uma sociedade iluminista.