Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A importância de se discutir doenças mentais na contemporaneidade

Redação enviada em 13/03/2019

Durante a Idade Média, qualquer desvio no estado mental humano era considerado possessão demoníaca, restando às pessoas afetadas o exílio. Hoje, os avanços na psiquiatria fizeram públicas a existência de várias doenças da mente, sendo que seus tratamentos tornam-se cada dia mais eficientes, certamente uma situação melhor do que a outrora vivenciada. Entretanto, ainda há dificuldade no trato dessas enfermidades, apoiada principalmente no preconceito advindo da falta de informação, portanto, faz-se necessário levar a discussão sobre as doenças mentais ao dia a dia das pessoas. Primeiramente, é relevante lembrar do grande número de pessoas psicologicamente doentes, analisando somente a depressão, a OMS estima que já sejam 300 milhões de afetados. Todos poderiam ser produtivos para a sociedade, mas estão, em diferentes níveis, incapacitados devido a sua saúde. E essa improdutividade pode perdurar por muito tempo se esses indivíduos resistirem ao diagnóstico e à ajuda profissional, gerando prejuízo para toda a sociedade. Desse modo, se as pessoas teimarem em não reconhecer as doenças mentais, esse ciclo nunca será quebrado. Em segunda análise, a atual configuração dos relacionamentos colabora para a marginalização dos doentes, afina, vive-se em um mundo imediatista, que só valoriza as aparências, são as relações líquidas, como disse Bauman, curtas e superficiais. Já que há uma carência de apoio de apoio emocional, muitos estão debilitados e ninguém percebe, pois o outro não é importante. Dessa maneira, a tendência é de que as doenças mentais continuem acometendo mais pessoas, as quais serão julgadas e excluídas, em um típico comportamento medieval. Dessarte, a fim de evitar o cruel número de pessoas que sofrem na ignorância sobre os seus problemas, cabe ao Ministério da Saúde fazer campanhas sobre as doenças mentais de maior incidência na população, espalhando assim informações úteis. Além disso, as escolas, como formadoras de opinião, devem desmistificar junto aos seus alunos a função do psiquiatra e o funcionamento das doenças mentais, por meio de palestras e discussões, pois nasceria aí uma nova geração de pessoas mais tolerantes e bem informadas, aliás, é inaceitável, um habitante do século XXI morrer ou deixar alguém morrer por falta de conhecimento.