Promulgada em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos assegura a todos os indivíduos o direito à vida e ao bem-estar social. Não obstante, problemáticas acerca das doenças mentais na contemporaneidade emergem perspectivas que põem em descrédito tal garantia universal. Por conseguinte, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro. Em primeiro plano, segundo a OMS, mais de 90% dos casos de suicídio estão ligados a questão dos problemas mentais. Tal dado, por sua vez, está intimamente relacionado ao modo como a sociedade ainda vê os transtornos do gênero. A minimização desses problemas tão complexos resulta na falta de debates sobre o tema, assim, pessoas que vivem nessas situações são acometidas pelo medo de buscar tratamento e permitir que venha ao conhecimento familiar. Ademais, apesar do passar dos anos e da evolução da sociedade brasileira, ainda é bastante comum o estigma por traz dos profissionais da psicologia e psiquiatria, representados por alguns como “médicos de gente doida”. Nesse contexto, esse estigma nada mais é do que um reflexo de uma cultura mal alicerçada, o que pode ser encontrado no que diz o filósofo Kant ao falar que o homem não é nada além daquilo que a educação o faz ser. Dessa maneira, portanto, faz-se mister que medidas sejam tomadas para resolução desses entraves. É dever do Ministério da educação juntamente as escolas incrementar à emenda escolar debates em torno de temas tão pertinentes como as doenças mentais. Essa medida trará bons resultados futuros a nossa sociedade ao normalizar o assunto, gerando possíveis reduções aos futuros índices de incapacitação por esse tipo de doença, já que segundo a OMS a principal causa de incapacitação até 2030 será por conta dos transtornos mentais. Assim, ao se utilizar de medidas como esse será valido desfrutar de uma sociedade mais integrada e harmonizada.