Segundo a Organização da Nações Unidas, ao menos 90% dos suicídios são relacionados a transtornos mentais. Tal fato é muito assustador, visto que na maioria dos países, tradicionalmente, há certo temor em discutir esse assunto abertamente e no Brasil não é diferente. Há uma tendência que atravessa séculos: estigmatizar e excluir do convívio social os que desenvolvem alguma patologia da mente. Nota-se que toda problemática que cerca pessoas com distúrbio psicológicos está relacionada ao preconceito construído, principalmente, por questões religiosas que pré-estabeleciam que aquelas estavam possuídas por espíritos ruins - isso é trabalhado no filme "O exorcismo de Emily Rose": jovem que apresentou doença mental grave, mas foi tratada, sem sucesso, por padres exorcistas - ou ainda pela falta de conhecimento sobre a questão. As consequências de não se discutir abertamente, em todas as classes sociais, permite que os doentes não só sejam obrigados a se afastar da sociedade, mas também sofra violência ou discriminação por sua condição. Assim, é agravado o sofrimento deste e aumenta-se sua solidão. É imperativo o diálogo e a busca por informações confiáveis na área. Dessa forma, faz-se necessário que o Ministério da Saúde leve às escolas e centros de atenção à saúde (mental ou não) cartilhas informativas para população em geral, bem como desenvolva palestras continuadas nesses órgãos, com o auxílio de psiquiatras, psicólogos e educadores, de modo a esclarecer leigos sobre a importância em manter o doente próximo a seus familiares e, claro, auxiliar na identificação de casos que necessitam de apoio profissional adequado, reduzindo assim situações extremas, como o suicídio.