A ação de discutir a respeito das doenças mentais abre caminhos para as desmistificações dessas. Logo, colocar em pauta essas doenças é dar vozes as pessoas que estiveram por décadas presas aos tabus que demonizaram a psiquiatria e a busca por tratamento. Por isso, a fim de que mais pessoas possam perder o medo e a vergonha de buscar ajuda especializada, será preciso que haja valorização desses assuntos em ambientes escolares e universitários de modo que pessoas sejam conscientizadas a cuidar da saúde mental tanto quanto cuidam da saúde física. As instituições de ensino são ambientes propícios para o surgimento de doenças mentais, visto que a pressão depositada em cada aluno, as cobranças e o despreparo psicológico dos alunos são os principais combustíveis para os distúrbios nas mentes. De acordo com relatório da Organização Mundial de Saúde, apresentado na Terceira Conferência Nacional de Saúde, em 1963, 90% dos países não apresentavam politicas de saúde mental que incluíssem crianças e adolescentes. Entretanto, estender as políticas públicas de prevenção a doenças mentais as crianças e aos adolescentes é garantir que haja acompanhamento psicológico ao longo de todas as fases dos alunos, seja no ensino fundamental ou na universidade. Pois, desse modo, além de haver o combate aos tabus que são as doenças mentais e as clínicas psiquiátricas, haverá também uma consciência social de que é necessário ter estabilidade mental para enfrentar todas as fases do desenvolvimento humano. É importante que o debate a respeito das doenças mentais seja estendido também aos pais e responsáveis de crianças e adolescentes, porque, por muitas vezes eles têm consciência da situação dos filhos, mas consideram que as mudanças comportamentais são apenas momentâneas, por isso, desconsideram os sinais que essa criança ou adolescente está apresentando. Portanto, à medida que as instituições de ensino estiverem cada vez mais próximas aos responsáveis em prol da estabilidade mental de cada aluno, melhor será para o combate aos distúrbios mentais. A fim de que a saúde mental tenha a devida importância, será preciso que o Ministério da Saúde esteja trabalhando juntamente com o Ministério da educação na conscientização de alunos por meio de psiquiatras e psicólogos que estarão dando palestras nas instituições, e promovendo debates a respeito das doenças mentais e os tabus que rodeiam o assunto. Assim, eles aprenderão a importância de cuidar da mente para o desenvolvimento humano e que não envergonhem disso.