Título da redação:

Gay também é gente

Tema de redação: A homossexualidade nos dias atuais: direitos civis versus preconceitos da sociedade

Redação enviada em 26/09/2017

A sexualidade, expressão construída socialmente, é pautada pela heteronormatividade. Assim, pessoas que fogem a esse padrão institucionalizado, como gays, lésbicas, transexuais e não-binários, sofrem com o preconceito, sendo excluídos e marginalizados pela sociedade. Infelizmente, o homossexual é considerado um doente que deve ser eliminado ou convertido a ter um comportamento aceitável, fato é que Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial, os enviavam aos campos de concentração e atualmente, no Brasil, tramita no Câmera dos Deputados um projeto de “Cura Gay”, mostrando a visão retrógrada daqueles que consideram a homossexualidade como uma doença, a não aceitação do próximo como o diferente reflete a falha no exercício da liberdade individual. Tal pensamento patriarcal é baseado em como o gênero é construído pela sociedade, o qual é pautado na dicotomia homem e mulher e seus respectivos padrões que devem ser exercidos. Essa estrutura rígida não dá espaço para a intersecção comportamental proposta pela filósofa Judith Butler. Para ela, não existe um molde para o que é feminino e masculino, a identidade de gênero é produto de “atos de gênero”, ou seja, por meio das roupas, atividades cotidianas e escolha do parceiro que se determina o sexo ao qual se pertence, e não pelo órgão genital com a qual a pessoa nasceu. Entretanto, apesar de tantos avanços nos estudos acerca da sexualidade, ainda falta espaço para o diferente se manifestar. Para tanto, a sociedade deve abrir espaços para discussão nas mídias sociais, por meio de propagandas informativas e principalmente nas escolas, com palestras e debates abertos ao público. Ademais, o âmbito escolar deve ser um ambiente acolhedor que vete qualquer manifestação de preconceito e hostilização ao outro devido a sua orientação sexual e atitudes comportamentais. Assim, as escolas em conjunto com os pais devem quebrar os rótulos ao promover a intersecção de brincadeiras ditas como femininas e masculinas, aliás, brinquedos não tem gênero. Assim, quando a família e escola trabalharem em conjunto a fim de se quebrar a estereotipação comportamental nas crianças conforme o seu sexo biológico, dando liberdade a esses na escolha dos brinquedos e roupas, além da divulgação pela mídia de propagandas informativas, o preconceito aos homossexuais tenderá a ser diminuído. Ao se desnaturalizar o padrão comportamental que foi dado como certo, estimula-se uma sociedade menos aprisionada à convenções e hierarquias, tendendo-se à total aquisição da liberdade irrestrita.