Recentemente, os representantes do movimento LGBT, em sua passeata, se caracterizaram de Jesus Cristo na cruz de forma a protestar contra a discriminação e a violência que vem sofrendo, por conta de sua opção sexual. Além disso, este grupo vem lutando pelo reconhecimento, perante a lei, da sua união estável. Contudo, se a constituição diz que somos todos iguais, por que ainda existe preconceito com este tipo de relacionamento? A sociedade foi criada e projetada nos moldes da religião católica e por isso, somente é possível tolerar união entre homens e mulheres, sendo qualquer união diferente, tolhida pela maioria. Com isso, a união homoafetiva, ainda não é bem quista pela sociedade, pois se trata de algo diferente ao dos costumes impostos pela religião e pela constituição. Isto pode ser visto quando é avaliado a Carta Magna Brasileira de 1988, em que há a preocupação com a igualdade, cidadania e dignidade de todos os indivíduos. Contudo, quando se trata de direitos para casais homoafetivos, a legislação não abarca este tipo de relacionamento nos institutos familiares, tendo então, que recorrer ao judiciário. No entanto, a sociedade é composta por indivíduos e perante a lei somos todos iguais. Portanto, caso algum indivíduo seja posto à margem quer seja por conta de sua raça quer seja por sua opção sexual, este indivíduo sofre discriminação e com isso não goza plenamente de seus direitos perante a lei. Isto inclui, também, o casamento, que se avaliado é um acordo contratual entre duas pessoas que decidiram formalizar a união. No entanto, o casamento ainda é visto como uma instituição ligada aos princípios religiosos e enquanto não houver ruptura deste pensamento, a união entre homossexuais provavelmente não terão reconhecimento perante a lei. Fica evidente, portanto, que a sociedade e suas leis, mesmo que com o avanço dos séculos, da modernização e do pensamento, ainda possui paradigmas que impede respeitar as diferenças. Logo, cabe ao governo promulgar uma ementa na constituição incluindo a união homoafetiva e à mídia, a promoção de debates em programas de forma que oriente as pessoas a respeitar as diferenças, a fim de que se construa uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos.