Título da redação:

Avanços entre barreiras

Tema de redação: A homossexualidade nos dias atuais: direitos civis versus preconceitos da sociedade

Redação enviada em 19/05/2017

Há 27 anos a Organização Mundial da Saúde - OMS, reconheceu que a homosexualidade não qualificava-se como doença. Apesar de tal esclarecimento ser, para muitos, uma obviedade, foi essencial para a conscientização e o estabelecimento do 17 de maio como o Dia Internacional Contra a Homofobia. Hoje, em alguns países, o direito da união civil e de uso do nome social mostra a conquista de espaço por essa minoria. No entanto, a incompreensão das diferentes relações corpo versus identidade e o avanço de frentes homofóbicas abala o cenário. De início, é importante destacar que o ser humano estabelece relações fundamentais com suas características físicas e cada um expressa singularidades. Uma dessas ocorre entre o corpo e o grupo dos transsexuais. Esses participantes, assim como os homossexuais, do núcleo LGBT são ditos, por parte da população, doentes. Com o diagnóstico de "disforia de gênero" reintera-se a falta de reconhecimento e compreensão da pluralidade de identidade dos gêneros. Logo, mesmo com o apoio do SUS no custeamento da cirurgia de transgenitalização, no Brasil, o forte preconceito social reprime a individualidade e a dignidade da parcela social envolvida. Ademais, a escassez de amparo legal contribui para os avanços de frentes homofóbicas. Isso ocasiona condições de insegurança e temor aos homossexuais, tendo, muitas vezes, desfechos trágicos. Um desses foi o ataque a uma boate LGBT, em Orlando, no qual 50 pessoas foram mortas em 2016. Dessa forma, conceitos contra as diferentes orientações sexuais desestabilizam todo um grupo que busca igualdade de direitos civis e a manutenção de sua liberdade apoiada por parte da população, mas não assegurada com plenitude pelos governos. Fica claro, portanto, que avanços nas conquistas de reconhecimento e conscientização social acerca da homossexualidade foram alcançados, porém a manutenção deles é deficitária. Para haver mudanças, a Secretaria dos Direitos Humanos deve aprovar a lei de criminalização da homofobia. Além disso, a mídia, por meio de séries e novelas, precisa abordar e incluir o grupo LGBT a fim de afirma-los como parte de real importância à construção social. Por fim, escolas, pelo ensino da cidadania e sociologia, necessita instruir os alunos ao respeito e reconhecimento das particularidades dos cidadãos.