No Modernismo, movimento literário brasileiro, a peça "O Beijo no Asfalto", de Nelson Rodrigues, trouxe à tona a relação entre a homossexualidade e uma sociedade conservadora marcada por contradições morais. Hoje, a mobilização via redes sociais e midiáticas repercutem positivamente pontos dessa situação. Apesar disso, atos homofóbicos, que vão desde a violência física até a moral, restringem a formação de uma sociedade mais integrada e aberta às adversidades do amor. De início, é válido destacar que há 27 anos a Organização Mundial de Saúde deixou de qualificar a homossexualidade como doença. Dessa forma, a conscientização de grande parte da população foi afirmando-se. No entanto, frentes homofóbicas também ganharam força ao propagarem discursos geradores de insegurança e temor aos homossexuais. Por muitas vezes, participantes mais extremistas dessas correntes não contentam-se apenas em verbalizar sua visão e partem para a prática. Essa situação culmina em ataques como o ocorrido, em Orlando, numa boate LGBT, na qual 50 pessoas foram mortas a tiros por um homofóbico em 2016. Logo, posições que desrespeitam a vida e a individualidade corrompem a estruturação de uma sociedade mais consciente e integrada. Ademais, atitudes à afirmação dos direitos civis aos homossexuais são fundamentais para a reformulação da participação do grupo dentro do meio. Um exemplo é dado pela liberação da união estável em todos os cartórios brasileiros em 2013. Contra isso, certas divisões religiosas afirmam que o indivíduo com essa prática fere a moral e tornar-se pecaminoso. Sendo essas de extrema importância para parte da população brasileira, a não compreensão e a falta de reconhecimento da pluralidade do amor promovidas por algumas delas potencializam o preconceito contra a união homoafetiva. Fica claro, portanto, que desde da construção de uma arte e literatura mais brasileiras, a homossexualidade e as atitudes sociais sempre requereram amplos debates. Para ocorrerem de maneira mais saudável, o Governo Federal, junto as prefeituras devem realizar campanhas à propagação do respeito ao próximo e suas individualidades a fim de conscientizar os cidadãos contra a homofobia. Além disso, ONGs e agentes sociais precisam mobilizar os homossexuais com o intuito de que eles reconheçam seus direitos e ganhem apoio as suas causas. Por fim, a mídia necessita continuar a produção de séries e novelas as quais mostrem a pluralidade do amor e a realidade enfrentada pelos casais homoafetivos.