Título da redação:

Aceitar para ser aceito!

Tema de redação: A homossexualidade nos dias atuais: direitos civis versus preconceitos da sociedade

Redação enviada em 27/08/2015

“João foi xingado, Rafael apedrejado e Maria assassinada”, essas são situações diárias que homossexuais, ou seja, atraídas por pessoas do mesmo sexo, sofrem constantemente. É da biologia dos seres humanos olhar o outro ao avesso, além de realizar pré-julgamentos e conclusões psicológicas diante dos que não seguem os padrões físicos, sociais e culturais. Nesse viés, o atual contexto de mudanças sociais, em que a escolha da orientação sexualidade individual é assegura pelos direitos civis, desencadeiam uma série de preconceitos e intolerâncias sociais sem fundamentos perante a aceitação do heterogenia sexual. Nesse contexto, o direito civil, conquistada após o período da Revolução Francesa resultando em milhares de mortes, para, só assim, a atual sociedade ter direitos, liberta o indivíduo de subordinação. No entanto, a pressão social de impor padrões desde a infância, gerando perturbações psicológicas nas crianças que não os seguem, desencadeia uma série de preconceitos, interferindo, assim, na liberdade do próximo. Somando ao apresentado, a busca de casais do mesmo sexo por construir uma família se tornou possível após a consolidação dos seus direitos civis, além do poder de adoção de crianças mesmo tendo que conviver com indivíduos desrespeitadores. Não obstante, o Brasil, caracterizado por ser um Estado laico, ou seja, sem uma religião padrão, ainda assim sofre influência religiosa em suas ações, em que políticos utilizam do discurso religioso para disseminar ódio aos homossexuais. Ademais, a cultura machista e preconceituosa faz com que a televisão brasileira transmita conteúdos heterossexuais, violentos e pornográficos eventualmente e proíbem materiais com simples “beijo gay” por ser uma ofensa a família tradicional, ou seja, uma falsa moralidade e incoerência. Nessa instância, o século XXI trouxe diversos benefícios e conquistas para o público LGBT, mas o convívio com indivíduos intolerantes e preconceituosos ainda está presente, interferindo na liberdade de escolha do indivíduos. Sendo assim, um mudança individual na aceitação do diferente é essencial para iniciar uma mudança global, seguindo com a educação escolar e instrução familiar desde os primeiros anos de vida do indivíduo; incentivo governamental e privado em campanhas publicitárias de conscientização, além de políticas públicas que garantam os direitos e legitime a punição àqueles que desrespeitem o próximo. Parafraseando Paulo Freire "Se a educação sozinha não muda a sociedade, tampouco sem ela a sociedade será mudada."