Sabe-se que a violência contra os homossexuais ainda é muito evidente no Brasil. Segundo Isaac Newton, “o que sabemos é uma gota; e o que ignoramos é um oceano”, e a população LGBT é totalmente ignorada por não seguir um “padrão” imposto pela sociedade. Dentro desse contexto, há dois fatores relevantes: o preconceito e o sucateamento da educação. Primeiramente, observa-se que o preconceito é um fator inerente em questão. Com uma sociedade conservadora e preconceituosa, os homossexuais sofrem constantes casos de violência verbal e física devido à uma discriminação enraizada na cultura contemporânea: a homofobia. Conforme o que diz William Hazlitt, “o preconceito é o filho da ignorância” e ela ainda permanece pela falta de alteridade do indivíduo preconceituoso. Então, o preconceito que os grupos LGBT sofrem é o reflexo da falta de pensamento crítico-reflexivo e de alteridade dos brasileiros e, assim, a homofobia permanece no cotidiano da pessoa. Além disso, o sucateamento da educação é outro ponto pertinente no contexto. Profissionais responsáveis pela educação de crianças e jovens, na qual são formadores de opinião, não possuem a instrução para tratarem abertamente a pluralidade sexual e defender os direitos igualitários, e sim ensinam valores preconceituosos. Ademais, os materiais pedagógicos não são pautados na questão da diversidade sexual, na qual seria muito importante para mudar a situação que os homossexuais sofrem. Segundo a UNESCO, a homofobia é a violência mais frequente na escola e precisa ser combatido com práticas pedagógicas, logo, o preconceito viria ser amenizado. Observa-se, portanto, que a homofobia ainda é uma ação usual pela população brasileira. Desse modo, faz-se necessária a ação do Ministério da Educação promover a restauração da carga horaria de sociologia, na qual aborda esses assuntos, a fim de formular aulas de inclusão e ampliação dos valores de igualdade, com aulas práticas e interativas e com o auxílio de psicólogos, na qual os alunos poderão discutir assuntos ligados as escolhas pessoais, estruturando os pensamentos contra o preconceito e aumentando o sentimento de alteridade para que, assim, deixemos de ignorar o vasto oceano à nossa frente.