''A história da humanidade é a a história da luta...'' contra o preconceito. Adaptando a frase de Karl Marx, chegamos a um dos maiores obstáculos para a construção de uma sociedade justa e igualitária: o preconceito contra homossexuais. Apesar das visíveis mudanças, o conservadorismo ainda é latente na sociedade civil. Garantir que o famoso trecho do artigo 5º da Constituição brasileira seja cumprido: eis um desafio que precisa ser superado. Por trás do discurso ''respeito, mas não acho normal'', perpetua-se a homofobia. Recentemente, uma propaganda de cosméticos que mostrava diferentes casais hetero e homossexuais trocando presentes, virou alvo de críticas e protestos à marca ''O Boticário'' nas redes sociais. Os indivíduos que se sentiram irritados e ofendidos são o reflexo de uma sociedade que não aceita o diferente e demonstra intolerância diante desses grupos. É válido destacar que a questão homossexual sempre permeou as relações humanas. Na Roma e na Grécia Antiga, o relacionamento entre dois homens era comum, tendo inclusive, Sócrates como adepto. Na literatura temos obras como ''Bom crioulo'' e ''Onde andará Dulce Veiga'' que abordam temas relacionados à homossexualidade. Visto isso, é possível concluir que a sociedade sempre vivenciou essa realidade e que é preciso buscar igualdade e justiça para que a democracia seja efetiva. Apesar de culturalmente ainda precisar de muitas mudanças, no âmbito jurídico os gays já alcançaram muitas conquistas. A aprovação do casamento gay em vários países como Holanda, Brasil e Estados Unidos, o uso do nome social de transgêneros em algumas universidades brasileiras e a disponibilização no Facebook de novas definições de gêneros para seus usuários mostram a força de movimentos GLBTs pela efetivação de seus direitos civis. Desse modo, fica claro que há muito que avançar nas discussões sobre os homossexuais. A escola, como instituição socializadora deve combater o preconceito junto à família ainda em seu começo, estimulando a integração e o respeito mútuo entre as crianças, para assim naturalizar essa nova face. O governo, por sua vez, deve criar mecanismos eficazes de punição contra os intolerantes e resguardar o direito das minorias. Só assim conseguiremos construir um país onde os indivíduos tenham seus direitos garantidos não só na Constituição, mas também na prática.