"O amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim." Essa frase foi lema do positivista Augusto Comte, o qual defendia que uma das únicas soluções para a evolução social seria por meio do progresso. No entanto, quando se observa os alarmantes casos de preconceito contra homossexuais, verifica-se um contraste com a defesa do filósofo, pois este descaso retarda tal avanço, seguindo intensamente a realidade do Brasil. Nesse sentido, é crucial análise e a busca por soluções para as principais causas desse flagelo que vai de encontro aos direitos civis. Inicialmente, nota-se que partir da década de 70, com a explosão do movimento de contracultura, é percebido uma intensa fortificação do movimento homossexual em escala mundial. Todavia, por surgir em uma sociedade ainda tão tradicional, acaba por ser alvo de tamanha rejeição, motivo pelo qual é acentuada a violência e, por isso, a luta pela inserção desse grupo no meio social se faz de maneira árdua e lenta. Nesse contexto, apesar das conquistas nos últimos anos, os casais de mesmo sexo possuem ainda uma relação inadequada ao conceito de família, segundo os valores ultrapassados e tão difíceis de serem revisados. Além do conservadorismo, o potencial da educação atual, pautada na transmissão de costumes, também constrói por si só um sentimento de discriminação originado desde o seio familiar. Esse é o motivo pelo qual se cria um espanto ao ver duas pessoas do mesmo sexo com atitudes afetuosas ou quando se tem um beijo gay na novela das oito. Aos mais radicais, isso é uma afronta ao significado de família, no entanto, isso só demonstra que a educação, tanto formal quanto informal, é falha principalmente por desconsiderar a homossexualidade como um fenômeno social atual, ao qual é necessário devido respeito. Em resumo, a solução mais sensata é a revisão de conceitos que não se adequaram ao atual panorama e a defesa dos direitos desses cidadãos. Com isso, formular projetos de leis protetores aos homossexuais com penas rígidas à violência de caráter homofóbico, através de indenizações dignas, que cubram a agressão, é uma saída essencial. Nesse contexto, as famílias devem priorizar a formação de indivíduos mais bem preparados aos conceitos sociais atuais, incorporando à criação o respeito e a compreensão, ao invés de escondê-los de seus filhos. Juntamente a esses remediadores, a atuação da mídia se faz imprescindível através da difusão de informações, priorizando uma publicidade com o intuito de extinguir essa rejeição e formar uma sociedade menos preconceituosa.