Título da redação:

A homossexualidade e a quebra de padrões

Tema de redação: A homossexualidade nos dias atuais: direitos civis versus preconceitos da sociedade

Redação enviada em 21/09/2015

No Brasil, 1 adolescente gay comete suicídio a cada 8 horas, de acordo com o Departamento de Psicologia Clínica da UNESP. Esse é apenas um dos inúmeros dados preocupantes sobre a comunidade LGBT no país e que abre discussão sobre até que ponto a omissão o estado em relação a equidade de direitos entre cidadãos civis, fere os princípios de igualdade e liberdade. Em 2015, nos Estados Unidos, a Suprema Corte de Justiça, reconheceu a união homoafetiva como direito de qualquer cidadão americano, uma conquista que contemplou a luta por direitos iguais no país e que repercutiu em todo o mundo. No Brasil, algo semelhante ocorreu com o Superior Tribunal Federal (STF) em 2014, mas que devido a fraca atuação do legislativo e executivo, com campanhas de conscientização e leis de combate ao preconceito, a medida surtiu poucos afeitos no cotidiano de milhões de brasileiros que ainda sofrem agressões físicas e verbais por causa da sua orientação sexual. Além disso, esse debate é reduzido pela mídia e alguns políticos, a apenas ao projeto de lei que criminaliza a homofobia e a polêmica cura da homossexualidade. No entanto, existem pautas tão importantes como essas e que são a base para mudanças realmente efetivas, como, o bullying homofóbico nas escolas e a urgência em tratar a diversidade sexual com respeito. Ao colocar esses assuntos em discussão, o padrão heteronormativo de casal - homem e mulher, e seus preconceitos relacionados será confrontado onde e quando o cidadão começa a formar suas opiniões: na escola. Dessa forma, é evidente que o papel do estado não está somente em legitimar a união homoafetiva, mas também em trabalhar para que a sociedade a reconheça como algo natural. Para isso, faz-se necessário a implantação de matérias na grade curricular de ensino básico sobre igualdade de gênero e diversidade sexual, de forma leve e simples, como, por exemplo, a apresentação de uma peça de teatro a qual mostra que meninos também podem ser sensíveis e ter vontades diferentes da regra geral.