Nos últimos meses, a questão da homossexualidade está entrando muito em pauta e gerando debates, sejam na internet ou no congresso. Toda essa atenção deixa desconfortável uma parcela da população que preferia simplesmente ignorar a existência de modelos de famílias diferentes do que eles consideram “tradicionais”. A visibilidade dos grupos LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) é vista pelos conservadores como um abuso aos seus direitos, mas eles não pensam que esses grupos também têm direito à representatividade na mídia, por fazerem parte da sociedade, e, desse modo, não podem ser ignorados. Os valores defendidos por esses conservadores são geralmente flexíveis quando se tratam de tópicos que não abordam gênero e sexualidade, como por exemplo, violência, consumismo e conteúdo sexual implícito nas mídias. O respeito à diversidade é uma realidade um tanto distante, pois esse é um tópico ignorado (às vezes repudiado) nas instituições sociais como a família, a escola e a religião. Desde pequenos, muitos de nós somos instruídos a ver a relação homossexual como algo “errado”, e isso é imposto principalmente pela família e pela religião. Se a diversidade de gênero e a sexualidade fossem abordadas nas escolas como algo natural, com educadores instruídos para saber lidar com essas situações, a sociedade passaria a gerar cidadãos que respeitam a diversidade e compreendem a diferença entre igualdade de direitos e privilégios hetero-normativos. A educação com certeza é o melhor meio de acabar com o preconceito e garantir uma convivência de respeito mutuo na sociedade.