Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A Escravidão contemporânea e seus Efeitos no Brasil

Redação enviada em 20/05/2018

A escravidão é uma prática social em que um ser humano adquire direitos de propriedade sobre outro denominado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. Essa relação existe há muito tempo na história da humanidade. Já na Antiguidade, a escravidão foi utilizada entre os egípcios, assírios, hebreus, gregos e romanos. Contudo, podemos perceber que essa ação traz inúmeras consequências e na atualidade ela é bastante praticada. Além disso, apenas observar esse descaso sem tomar medidas cabíveis para combatê-lo é um verdadeiro equívoco. O filme “Menino 23” mostra a história de 50 crianças negras que viviam num orfanato no Rio de Janeiro e, “adotadas” por uma família rica, foram levadas para uma fazenda no interior de São Paulo. Lá viveram, tiveram educação precária, trabalhando de sol a sol sem remuneração e sofrendo punições físicas em caso de indisciplina. É inegável que essa obra seja considerada atemporal, pois, mesmo que, atualmente, os direitos trabalhistas não sejam tão eficazes, com jornada de trabalho definida, férias remuneradas, entre outros, o fantasma da exploração ainda está presente nas relações empregatícias e familiar. Esse aparece disfarçado em exploração, na falsa relação familiar entre pais e filhos e, na conexão incessante com o trabalho. Ademais, é evidente que existe uma hierarquia, na qual o maior prejudicado é o elo mais fraco da relação – o trabalhador. Outro ponto relevante que deve ser destacado é o descaso com a saúde psicológica do empregado. Não importa se o indivíduo está com algum problema pessoal, familiar ou financeiro; o importante é que ele produza. Nesse sentido, cada vez mais, aumentam os casos de depressão, que, quando não tratados, levam o indivíduo a desistir da própria vida. Além disso, devemos ressaltar o discurso empreendedor que aconselha o trabalhador a utilizar o máximo do seu tempo para produzir, apoiando-se numa ideia meritocrática de “quem quer consegue”. Sendo assim, as relações familiares são abaladas, surgem os problemas de saúde, pois, muitas vezes, não há tempo para comer e dormir, e os indivíduos perdem a empatia, já que, como defendia Maquiavel, “os fins justificam os meios” e, muitas vezes, os meios para o sucesso fogem ao senso de coletividade. Fica claro, portanto, que o cenário do trabalhador, desde sempre, é problemático. Para que haja melhora nas relações trabalhistas e pessoais, o governo deve intervir, garantindo e ampliando os direitos e benefícios dos trabalhadores, assim como deve fiscalizar o cumprimento desses direitos. Cabe aos órgãos públicos, assim como aos privados, o cuidado com a saúde física e mental do empregado, oferecendo acompanhamento médico e psicológico. É essencial, também, a reflexão por parte da sociedade e a cobrança pelos seus direitos.