A escravidão aflige o mundo desde muito tempo, visto que historicamente as sociedades mais fortes tendem a dominar as mais fracas. Fato mais marcante ocorrido em 1500, na colonização do Brasil, onde os povos africanos foram trazidos contra vontade pelos colonizadores e obrigados a trabalharem de forma desumana e sob ameaças de violência ou até morte, deixa resquícios no Brasil do século XIX. Mesmo com criação de leis, como a lei áurea, que tem com o objetivo: abolição da escravatura, a permanência da problemática traz um grande retrocesso social. Apenas com um nome acrescido, a escravidão moderna, herda toda sua origem fatídica, entretanto, o mundo parece não abrir os olhos diante dos fatos que ocorrem habitualmente. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego(MTE), mais de 52 mil camponeses e trabalhadores rurais trabalham em situação análogas à escravidão. A desigualdade social hodierna eleva a conjuntura de resignação, em detrimento de oportunidade de empregos e melhores condições de vida muitas pessoas, sem opções, acabam por trabalharem em troca de muito pouco. As consequências não se restringem as vitimas, todo o pais sofre danos, pois o governo perde valiosas receitas tributárias e tem que desembolsar altos valores para processar casos de escravidão, dinheiro esse que poderia ser direcionado à escolas, hospitais e segurança pública. Além das vitimas serem em sua maioria formada por um grupo de trabalhadores de industrias, como agricultura, confecção têxtil, mineração, serviços domésticos e outros, o MTE, em uma pesquisa recente constatou que mais de 70% dos trabalhadores em situação de subserviência, não possuem escolaridade ou cursaram até o 4º ano do ensino fundamental. Este dado comprova que a falta de estudos e até a falta de incentivos pode levar a um grave problema social, como cita o filosofo e educador brasileiro, Paulo Freire: "Se a educação sozinha não transforma a sociedade , sem ela, tampouco, a sociedade muda". Por conseguinte, é fundamental que o governo atue de maneira ativa para mitigar essa situação, usando de uma intensa e rígida fiscalização na empresas, atue também no incentivo á educação de crianças, adolescentes e adultos, por intermédio de campanhas midiáticas não sazonais, na construção de escolas e faculdades, principalmente nos locais de difícil acesso à educação, gerando assim, por consequência, mais empregos, dessa forma diminuiria consideravelmente a desigualdade social.