No Brasil Colônia, a escravidão foi imposta, de maneira desumana, aos nativos e, anos depois, aos africanos como forma de garantir mão-de-obra e soberania dos povos europeus em relação ao resto do mundo. Hodiernamente, embora não tão visível, a utilização do trabalho escravo ainda existe, porém não é vista com a mesma face da antiga escravidão. Tal fato, fere os Direitos Humanos e urge do Governo Federal e da mídia medidas que visem a combater esse problema. De fato, a escravidão foi remodelada ao mundo atual. Na maioria das vezes, o trabalhador não é remunerado como deve, tem sua vida controlada pelos patrões e trabalha por muitas horas, assemelhando-se, também, à condição do trabalhador na época da Primeira Revolução Industrial. Segundo o professor Kevin Bales, as pessoas não escravizam as outras para fazer o mal, mas por dinheiro. Nesse sentido, é evidente que a escravidão contemporânea está reproduzida pelas atuais condições da economia e do capitalismo. Sob esse viés, as formas hodiernas de escravidão estão ligadas à facilidade de migração que existe no Brasil. Dessa forma, diversos imigrantes, muitos deles ilegais, na esperança de encontrarem estabilidade de vida e um bom emprego, acabam se tornando escravos de donos de fazendas ou de empresas de confecções têxtil e têm todos os direitos tirados, como foi noticiado, em 2013, em São Paulo, na qual uma ação resgatou dois imigrantes produzindo peças da M.Officer em condições análogas à escravidão. É evidente, portanto, que a escravidão contemporânea, mesmo não sendo visível, é preocupante e urge dos âmbitos midiáticos e governamentais medidas satisfatórias. Com isso, o Governo Federal deve aumentar a penalidade de quem comete crimes como este e, também, deve investir mais na fiscalização de zonas rurais e de empresas de confecção, com o intuito de achar locais onde há trabalho escravo. Ademais, a mídia deve, por meio de campanhas ou novelas, explicitar a situação “invisível” de muitos brasileiros e imigrantes à população, a fim de conscientizá-la sobre o tema.