O Brasil foi a última nação do ocidente a abolir a escravidão, porém apesar desse fato, é um percussor, em vários aspectos na luta contra a escravidão moderna. Nos últimos meses, no entanto, estes avanços têm sido ameaçados, devido a crescente força que a bancada ruralista vem demonstrando no congresso nacional. Logo, é necessário que haja a conscientização popular para não quebrar esses feitos, e dessa forma, permanecer no caminho da humanização. O tráfico de escravos para as terras tupiniquins foi intenso durante muito tempo, chegando a quase, 75% da população serem de escravos. Por conseguinte, esses vinham para trabalhar nas mais diversas atividades, desde as minas e lavouras, até o trabalho doméstico. Contudo, sempre tinham uma coisa em comum, os maus tratos e a privação da liberdade. Porém, a escravidão moderna difere em alguns aspectos da escravidão de antiga, nela, o patrão não detém um documento de posse do escravo. Pois, o que ocorre é que normalmente o trabalhador é aliciado por uma proposta de emprego, porém, ao chegar no local, se depara com a privação da liberdade, através de uma crescente dívida, supostamente contraída desde sua locomoção para o local, alimentação e moradia. Essa, não para de crescer e vem acompanhada por maus tratos e ameaças. Algumas medidas foram tomadas pelo Governo, no intuito de barrar essa prática. Como por exemplo, Blitz envolvendo vários órgãos, tais como: polícia federal, auditores, procuradores do trabalho, entre outros. Também a implantação do disk denúncia e a divulgação da lista suja, que contém os nomes daqueles que foram culpados de manter pessoas nas condições de trabalho escravo. Alguns setores não ficaram satisfeitos com esses avanços, é caso da bancada ruralista, que tenta a todo custo, modificar a lei que define o trabalho escravo. Desse modo, restringir a visão do que é trabalho escravo. Por exemplo, se antes submeter a condição de trabalhos forçados poderia ser aplicado como trabalho escravo, agora deve constar também, sobre grave ameaça de segurança armada. Dessa forma, o Governo deve conscientizar a população para a importância do combate ao trabalho escravo, sensibilizando e alertando por meio de campanhas publicitárias sobre as consequências desse crime, o modo operante de atuação de seus contraventores e como denuncia-los. Essa campanha deve partir de um conjunto de esforços entre o Ministério do Trabalho, Ministério de Segurança Pública e do Ministério do Desenvolvimento. Deve ser veiculado nas redes sociais, televisivas, jornais impressos de grandes circulações, entre outros, buscando alcançar as áreas mais remotas. Criando assim uma forte rede de combate ao trabalho escravo e pessoas conscientes das mazelas que advém com a sua prática.