Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A Escravidão contemporânea e seus Efeitos no Brasil

Redação enviada em 10/01/2018

Apesar de possuir uma alforria, Bertoleza, personagem da obra ''O Cortiço'', de Aluísio de Azevedo, é personificada como um objeto de interesse por João Romão, que além de exigir feitos domésticos, rouba-lhe uma boa quantia de dinheiro por ambicionismo. No Brasil, a problemática da escravidão moderna evidencia-se, primordialmente, pela exploração humana como produto de trabalho e na tentativa de barateamento da mão de obra em subempregos e terceirizações, colaborando para a perpetuação de efeitos cruéis. Infelizmente, a questão do aproveitamento abusivo de uma parcela da população possui raízes antigas. Portugal, pioneira no expansionismo marítimo, intensificou a escravidão chegando às regiões costeiras da África e, futuramente, no Brasil, criando o sistema de escambo com os indígenas, que favorecia apenas uma das partes: os lusitanos. Atualmente, semelhantes acontecimentos são visíveis, em que regiões rurais, ou até mesmo interioranas, encontram-se em postos de garimpos exploratórios, com locais inóspitos para o exercício do trabalho e mantendo a situação de dívidas incontáveis, sem que haja limites de pagamento. Outrossim, estabelecimentos irregulares aproveitam-se da ausência de fiscalização para dissimular a exigência das leis trabalhistas, propulsor de tamanha desigualdade. Não obstante, empresas inserem, gradualmente, um sistema exacerbado e sem demarcações pelos serviços. O filósofo Rousseau cita, em uma de suas reflexões, que o homem nasce livre, mas por toda parte vive acorrentado. Tal frase corrobora-se quando a carga horária exigida por boa parte do corporativismo já não vai de acordo com o exercido, contabilizando horas extras que não são devidamente recompensadas. Ademais, a diligência em terceirizações - como para funcionários que realizam tarefas manuais - demarca subtileza exploração, mesmo que já não evidenciada, indo ao encontro do postulado pelo teórico político. Destarte, é mister a resolução ao exposto. Para isso, o Ministério do Trabalho deve criar bases de monitoramento às empresas que possuam serviços similares aos de minas, com guardas para realizarem multas e interdições aos locais precários e que não sigam as leis, restituindo o direito dos indivíduos que se encontram presos aos cargos. Além disso, o Ministério da Cidadania tem de averiguar a proporção de exigências para feitos em funções empregatícias, com análises de contratações, para evitar a continuidade dos efeitos.