Embora o Brasil, em 1995, se tornou uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a ocorrência do trabalho escravo contemporâneo em seu território, o problema ainda persiste e é recorrente em inúmeros estados brasileiros. Além disso, são diversas as condições limitantes que caracterizam a escravidão contemporânea. O trabalho escravo se alastra por todo o país em razão de fatores que propiciam essa vicissitude. Imigrantes deixam suas casas com destino a regiões de expansão agrícola onde o que prevalece são as atividades econômicas desenvolvidas, tais como a pecuária e o cultivo de plantações. Os trabalhadores, muitas vezes, saem de suas cidades atraídas por falsas promessas ou migram forçadamente pela situação de penúria em que vivem. O escravo contemporâneo com todos os problemas que possui, ainda enfrenta jornadas exaustivas, trabalho forçado e condições degradantes. Os indivíduos são obrigados a se submeterem a condições de exploração, expediente desgastante, dívidas cobradas de forma abusiva, levando uma vida precária e tudo isso sem possibilidade de deixar o local. O trabalho escravo, representa, nos dias de hoje, um grande retrocesso no processo de abolição da escravatura, finalizado em 1888 com a Lei Áurea. A escravidão contemporânea representa um crime contra a dignidade humana, devendo ser atacado pela origem, interrompendo essa situação. Portanto, é preciso que o Governo Federal reforce os mecanismos de fiscalização e aumente a atuação na libertação desse trabalhador para que no fim, possa oferecer uma assistência ao libertado, pela adoção de políticas públicas que reverta a forte situação de pobreza que é acometido, visando assegurar sua inclusão no mercado de trabalho legal.