Na infância uma das clássicas fabulas que se conta as crianças é o da cigarra e da formiga, onde cada uma desempenha uma função na sociedade. A formiga é a trabalhadora, que utiliza de seus esforços para atingir um fim e a cigarra é aquela que está disposta a controla-la e se beneficiar a qualquer custo. Mas qual é a relação do homem com isso? Simples, na sociedade capitalista atual a situação não se modifica muito, e muitas vezes o trabalho não é sinônimo de fortalecimento e crescimento como diz a tradicional frase de Max Weber: “O trabalho enobrece o homem”, isto devido a exploração da força e a mecanização excessiva do trabalho, em que alguns beneficiam-se e outros não. Diante disso, a exploração da força e a mecanização causam um desequilíbrio, no qual o indivíduo não terá as condições necessárias para a sua realização psicológica e física, atuando ali apenas para o cumprimento de um ciclo, repleto de imposições e violências, equivalendo-se a antigas condições escravas. Exemplos disso são diversos, mas podemos citar o caso da empresa Garra Engenharia, que submetia alguns imigrantes baianos em moradias precárias e sobre certas ameaças. Contudo, o problema do trabalho análogo ao escravo é ainda maior porque atinge até mesmo as crianças. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho no segundo semestre de 2016 foram encontradas cerca de 3 milhões de crianças trabalhando no Brasil, apesar da legislação proibir o trabalho infantil por privar a liberdade de brincar e arriscar a educação básica, isso acontece principalmente em ambientes rurais agrônomos, mas não se limita a esses. Em virtude do que foi mencionado, deve-se perceber que o trabalho não é sempre um meio de enobrecimento, já que este ainda está muito ligado a condições de escravidão. Para resolver esse impasse é necessário então que a sociedade como um todo fiscalize as leis, fazendo-se cumprir as regulamentações do Eca e da CLT, por exemplo. Outra medida que pode ser efetuada é campanhas educacionais que busque a denúncia e a formação mais ampla do cidadão.