Embora a Lei Áurea tenha abolido oficialmente a escravatura no Brasil em 1888, o problema ainda persiste no país de uma maneira disfarçada e muitas vezes passa despercebido pela população. Primeiramente, é necessário analisar quais as condições de trabalho um trabalhador escravo enfrenta. No Brasil contemporâneo, o trabalho é considerado escravo quando a pessoa escravizada tem jornadas exaustivas de trabalho, geralmente realizado de forma forçada, sob ameaçãs e punições. Também caracteriza a escravidão quando o indivíduo realiza seu serviço sem remuneração em razão de dívida. No território nacional essa situação é mais recorrente na zona rural. Em segundo plano, é preciso entender que a adversidade ocorre porque há negligência do governo. De acordo com o Instituto de Estudos Socioeconômicos, o combate ao trabalho escravo "despencou" no governo Temer, com queda expressiva do número de operações de fiscalização, de trabalhadores resgatados e corte em 70% dos recursos da Secretaria de Inspeção do Trabalho. Além disso, o fato de uma boa parcela do povo não ter conhecimento de que o problema existe até hoje faz com que a escravidão seja difícil de ser combatida. Para que o trabalho escravo no Brasil contemporâneo tenha fim é necessário que ocorra mais fiscalização e aumento no rigor da pena de quem pratica o crime, com maior tempo de reclusão e valor de multa mais alto. Ademais, a grande mídia deve conscientizar a população através de campanhas que mostrem a existência do problema e incentivem os brasileiros a denunciarem a escravidão.