A busca excessiva por lucro, incentivada pelo modelo socioeconômico capitalista, conduz as gerações à valorização do produto acima da vida humana. Essa realidade explica a continuidade da escravidão na atualidade brasileira, configurando um país que reafirma os Direitos Humanos e concomitantemente fere os direitos básicos, como a liberdade. A escravidão contemporânea no Brasil é pouco debatida, haja vista que a mídia retrata apenas casos isolados e nas regiões mais afastadas, assim como, o senso comum define o trabalho escravo como aquele em que o trabalhador necessariamente precisa estar acorrentado. É preciso compreender que essa condição de trabalho ocorre quando o indivíduo está submisso a uma situação de exploração-trabalho forçado, jornada exaustiva, servidão e condição degradante. Em consonância com a falta de debate sobre o tema, a manipulação de governos mias conservadores que valorizam o lucro empresarial também agrava a situação da escravidão contemporânea no Brasil. Essas manipulações são feitas através de mudanças constitucionais que geram maior vulnerabilidade dos trabalhadores ou por meio da diminuição de investimentos na fiscalização. A principal consequência dessas ações é a perpetuação do ciclo do trabalho escravo, expondo um país que dificilmente cumpre as leis propostas na Constituição Cidadã. O trabalho escravo, portanto, é um tema que deve ser debatido, mostrando a sociedade a importância de pressionar os governantes a investirem no aumento das fiscalizações, isso deve ser feito através da atuação de ONG's unidas à mídia propondo campanhas e espaços para discutir esse assunto. O Ministério do Trabalho, por sua vez, deve insisitir em projetos de fiscalizações e assistências aos trabalhadores libertados.