Título da redação:

Marcha ré

Tema de redação: A Escravidão contemporânea e seus Efeitos no Brasil

Redação enviada em 23/01/2018

Em 13 de maio de 1888 foi oficialmente sancionada a lei áurea no Brasil, concedendo liberdade total aos escravos, abolindo a escravidão no país. Entretanto, em meados do século XXI ainda é presente na realidade brasileira a exploração da mão de obra. Desse modo percebe-se que o retrocesso das políticas públicas negligencia para o aumento do emprego informal além de dificultar a ressocialização das vítimas de trabalho escravo, o que contribui para um Brasil retrógado. Em primeira análise cabe pontuar que o crescimento de trabalhos em condições ilegais contribui para tal problemática. Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, principalmente na confecção têxtil. São trabalhadores que em busca por melhores condições de vida, migram das suas regiões de origem. Contudo, deparam-se com jornadas exaustivas, somado às condições precárias de higiene e moradia. Dessa forma, vê-se que o Brasil se apresenta contrário ao progresso. Ademais, convém frisar que a assistência aos atingidos por essa prática enfrentam empecilhos para entrada no mercado de trabalho formal. Isso reflete para a persistência do “Ciclo do trabalho escravo” no qual o trabalhador após sair de um serviço análogo a escravidão apresenta dificuldades em obter um emprego. Visto que, a grande maioria são pessoas analfabetas ou sem formação educacional adequada e para suprir as necessidades básicas voltam a serviços explorantes. Diante disso, percebe-se que é precário o auxílio aos acometidos por essa prática. Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que o Ministério do Trabalho e órgãos de justiça devem investir em ações de fiscalização, punindo os responsáveis pela prática do trabalho escravo e retirando os trabalhadores em situações de risco, contribuindo para uma diminuição dessa problemática. Além disso, o Ministério da Educação em parceria com as escolas, principalmente de zonas pobres, deve fazer programas de incentivo à formação educacional e profissionalizante dos trabalhadores afetados, colaborando na inserção no mercado de trabalho. Logo, o Brasil poderá sair da marcha ré e dar partida no caminho do progresso.