A Primeira Revolução Industrial marcou o início do trabalho assalariado na Europa, no qual apresentava condições insalubres para os trabalhadores. Por analogia, o Brasil possui situações similares à Europa do século XVIII. Diante disso, urge a necessidade de reparar essa problemática vigente e elas tornam-se persistentes pela falta de políticas públicas e pela herança ideológica burguesa. A princípio, a ação governamental é falha na total proteção trabalhista. Nesse sentido, em 1930, Getúlio Vargas criou a legislação que assegura direitos aos trabalhadores. No entanto, o setor agroexportador-segundo a ONU- mantém as maiores taxas de explorados, já que a lei de Vargas foi apenas para o proletariado urbano. Embora tenha decorrido décadas desde a atuação varguista, as mudanças legislativas não foram atribuídas, desse modo, não beneficiam o ruralista e fomentam a perpetuação da escravidão moderna. Assim, a lógica de Thomas Hobbes, que o Estado deve conduzir a sociedade para o desenvolvimento ideal, é refutada, haja vista que a gestão é negligente. Além disso, é indispensável se manter empregado em uma época de crise financeira nacional. Conforme Karl Marx, em "O manifesto comunista", há o Exército de Reserva: indivíduos que aceitam a exploração pela necessidade de trabalhar. Sob essa ótica, a ideologia marxista se enquadra entre empregadores que, em desfalque econômico, oferecem circunstâncias abaixo das ideais por ter mão de obra para ocupar. Nesse contexto, nota-se que as heranças ideológicas agravam as problemáticas. Em suma, faz-se essencial mitigar os efeitos da escravidão do século XXI. Logo, o Ministério do Trabalho deve reformular a legislação de Vargas, por meio de parceria com o Poder Legislativo, a fim de abranger a lei para os trabalhadores rurais, uma vez que proteja toda espécie de proletário. Ainda, cabe ao Ministério Público atuar contra empregadores que contradizem as condições básicas de empregabilidade, para que a nação caminhe respeitando os Direitos Humanos. Só assim, o país concretizará a ideia de Émile Durkheim: a sociedade é um corpo social e suas partes devem se integrar de modo harmônico e único.