A preocupação com a escravidão continua presente na contemporaneidade do brasileiro. Considerando esse contexto, podem ser discutidas a redução do número de operações contra o trabalho escravo e o retrocesso da legislação brasileira em classificar um trabalho como escravo. Pode-se, então, avaliar o quão relevante é esse assunto para a sociedade. Em primeiro lugar, é preciso analisar o decrescente número de operações contra o trabalho escravo ao longo dos anos, visto que segundo dados do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), no ano de 2013, houve uma diferença de cerca de 140 operações a mais em relação ao ano de 2017. Sabendo disso, pode-se perceber que um dos fatores que corroboram a expressiva redução de operações contra o trabalho escravo é o caos político-econômico que assola o Brasil. Além disso, faz-se necessário atentar para o retrocesso da legislação brasileira na qual foi alterada o conceito de trabalho escravo. Isso porque com a nova portaria, foram retirados diversos requisitos que antes eram classificados como trabalho escravo, entre eles, a jornada exaustiva e as condições degradantes de trabalho. Por conseguinte, são necessárias novas ações para a resolução desses problemas. O Governo Federal deve aumentar o orçamento destinado às polícias estaduais e federais para a realização de novas operações no combate ao trabalho escravo. Aumentando, assim, o número de trabalhadores resgatados por esses procedimentos. Ademais, o Poder Legislativo deve revogar a Portaria Nº1129/17 com a finalidade de voltar com as antigas classificações que eram mais específicas no reconhecimento de trabalho escravo. Beneficiando, desse modo, os trabalhadores que sofrem com o trabalho escravo.