Título da redação:

Escravidão moderna no Brasil.

Tema de redação: A Escravidão contemporânea e seus Efeitos no Brasil

Redação enviada em 16/01/2018

O regime escravocrata brasileiro, que deixou de ser instrumento oficial do Estado através da promulgação da Lei Áurea, vigorou por 300 anos durante os regimes coloniais e imperialistas. Em tese, esses instrumentos deveriam ter deixado de existir, porém, continuou persistentemente regendo não só as relações comerciais brasileiras mas, também, as relações mundiais em praticamente todos os continentes. Hodiernamente, segundo a Fundação Walk Free – australiana - , são pouco mais de 45 milhões de pessoas trabalhando dentro de um sistema escravocrata ao redor do mundo (levantamento de 2016). No Brasil, essa problemática não é diferente. As pessoas que se encontram em vulnerabilidade social são aliciadas com promessas de trabalho justo e bem remunerado, onde, na verdade, encontram péssimas instalações, pouca comida, água imprópria para o consumo e o endividamento interminável com seu patrão. O país tem avançado em políticas públicas de combate a esse sistema de escravidão moderna apesar da queda acentuada no governo atual, tanto assim o é que foi referenciado por organismos internacionais devido ao número de pessoas resgadas em condições indignas de trabalhos nos últimos 10 anos. Os instrumentos atuais que já se mostraram eficazes, mas que por falta de investimento público e alterações na legislação dificultam bastante sua aplicação são : a fiscalização por meio de agentes federais como, por exemplo, auditores do trabalho , policiamento de escolta e a profissionalização do homem do campo a fim de que não seja ludibriado por pessoas mal-intencionadas. Certamente, o que se percebe hoje é a incapacidade de investimento financeiro do governo federal devido à crise econômica que assola o território brasileiro, visto que já foi percebido que há o desejo de eliminar essa questão da escravidão. Analisando todos os aspectos abordados, é necessário, portanto, o governo federal através dos poderes executivo, legislativo e judiciário atuarem em três frentes : prevenção – com profissionalização do homem do campo e distribuição de terras ; assistencialismo – cuidado efetivo das pessoas resgatadas incluindo recompensa financeira justa; e repressão – através da execução das leis já existentes e aumento da fiscalização, principalmente nos setores onde mais se recrutam pessoas para o trabalho escravo que é a agropecuária, indústria têxtil e construção civil.