Muito se tem discutido, hodiernamente, acerca do trabalho escravo brasileiro no século XXI. Os principais fatores que contribuem para sua continuidade são falta de empregos e oportunidades, não cumprimento de leis trabalhistas e a falta de fiscalizações. Por conseguinte, urgem medidas que visem desestimular e acabar com a escravidão contemporânea no Brasil. De fato, a escravidão continua presente no mundo moderno, porém não em sua forma tradicional, pré-capitalista, legalizada e permitida pelo Estado, mas como uma condição em que o trabalhador, na maioria das vezes, não é remunerado e sua vida é controlada por terceiros. Uma de suas causas é o baixo nível de escolaridade das populações carentes. Na sociedade, um reduzido grau educacional dificulta a admissão em bons empregos. Com isso, muitos dos indivíduos que vivem nessa realidade acabam sujeitando-se a atividades mal remuneradas e cargas horárias excessivas, procurando garantir o sustento familiar. Além disso, crianças que fazem parte dessas dessas populações, muitas vezes, são exploradas e privadas do acesso à educação, o que alimenta o ciclo e impede a ascensão social da classe. Por certo, sabe-se que a deficiência fiscal também colabora para a manutenção do problema. A irregularidade do procedimento normalmente ocorre devido à corrupção de fiscais por proprietários de médias e grandes empresas, dessa forma, desconsiderando o cumprimento das leis. Outrossim, o número de denúncias realizadas são pequenos. Grande parte dos brasileiros desconhece o problema devido à falta de informações sobre o assunto. Como consequência direta dessa escravidão, tem-se a manutenção dos grandes problemas que afetam esses trabalhadores. Fome, suscetibilidade a vida criminal, difícil acesso à serviços de saúde e edução são alguns desses dilemas. Ademais, com a permanência desse tipo de trabalho, pode-se observar um significativo atraso no desenvolvimento econômico da nação. Portanto, com o fito de auxiliar a população de reduzido grau educacional, cabe ao Ministérios da Educação a criação de programas que visem ao fornecimento de cursos profissionalizantes gratuitos, procurando oferecer, em áreas carentes, cursos direcionados à demanda do mercado de trabalho. Com uma melhor qualificação, haverá um decréscimo no número de desempregados e uma menor aceitação de trabalhos subumanos. Ademais, cabe ao Ministério do Trabalho o investimento em publicidades, como anúncios televisões e “outdoors”, que visem informar a população sobre o trabalho escravo atual. Esse investimento deverá aumentar o número de denúncias contra escravocratas e fiscais corruptos por parte da população civil. O maior número de queixas representará a tomada de consciência de uma sociedade, demonstrando o conhecimento e o exercício assumidos pelo indivíduo em relação aos seus direitos e deveres como ser social.