Título da redação:

A escravidão contemporânea: velada e desumana

Tema de redação: A Escravidão contemporânea e seus Efeitos no Brasil

Redação enviada em 14/06/2018

A história humana é marcada por diversos momentos onde há a privação da liberdade do outro em detrimento dos interesses de algo ou alguém. Costuma-se chamar esse cenário de escravagista e, embora a Lei Áurea – que proíbe a prática – tenha entrado em vigor em 1888, ainda vê-se atualmente diversas pessoas sendo submetidas a essa situação. Durante a Grécia Antiga, observa-se um costume muito comum da época: a escravidão por dívidas. Ela prevê que, ao dever algo, o indivíduo tem de ser submetido ao trabalho forçado como uma forma de pagamento. Por mais antiga que pareça ser, essa é a principal artimanha usada para desenvolver o trabalho análogo na contemporaneidade. Diversas pessoas saem de seu berço natal com falsas esperanças de emprego, mas ao chegar no lugar são surpreendidas com débitos que de fato nunca contraíram e que, por meio de ameaças, devem ser pagos com sua mão de obra. Dessa forma, a escravidão ocorre velada e muitas vezes a pessoa sequer se da conta de sua condição. Nessa perspectiva, nota-se a dominância do homem para com o próximo, submetendo-o muitas vezes à casos degradantes, jornadas excessivas de trabalho, fome e falta de higiene. É uma visão que condiz com as ideias de Nietzsche, que diz que se lá atrás o homem se impôs aos animais, hoje deve se impor aos escravos, fazendo valer a lei do mais forte. No entanto, não lida-se nesse caso com animais e a constituição proíbe qualquer prática desumana. Assim sendo, enquanto cidadão deve ser respeitado e tratado da devida maneira. Fica evidente, portanto, a necessidade de erradicar a problemática. Inicialmente, é importante que o IBGE mapeie as áreas de maior incidência de casos para facilitar futuras buscas. Paralelamente a isso, cabe ao MPT (Ministério Público do Trabalho) juntamente com o Governo Federal, prover um maior incentivo financeiro às investigações e resgastes de vítimas, em especial nas áreas de risco indicadas no mapeamento. Não obstante, este último também fica responsável pela divulgação audiovisual do tema e de fontes de denúncia para possíveis suspeitas, por intermédio dos principais meios de comunicação como a televisão e a internet. À vista disso, a liberdade poderá sim ser garantida a todos.