O combate à escravidão contemporânea encontra, no Brasil, uma série de barreiras. Aliás, a vulnerabilidade das pessoas que vivem em áreas de pobreza de aceitarem qualquer trabalho e a mínima fiscalização por parte do Governo à procura do trabalho escravo são fatores que contribuem para tal querela. Nesse sentido, tornam-se necessárias medidas para reverter essa realidade. A priori, é válido ressaltar a vulnerabilidade das pessoas que vivem em áreas de pobreza de aceitarem qualquer trabalho, fazendo com que grandes proprietários contratem elas com péssimas ofertas de emprego para não gastarem muito dinheiro. Afinal, conforme o filósofo Thomas Hobbes: “ o homem é guiado por seus interesses”. Dessa maneira, é notório que os empresários vão atrás de indivíduos que estejam em estado de calamidade, oferecendo-lhes trabalhos análogos à escravidão, visto que sabem que irão aceitar, pois precisam de dinheiro. A posteriori, observa-se que a mínima fiscalização por parte do Governo à procura do trabalho escravo contribui para a permanência dele. Tal fato exemplifica-se diante de uma pesquisa feita pelo site G1, a qual afirma que com a diminuição da fiscalização, em 2017 o número de trabalhadores resgatados diminuiu 80%. Assim, verifica-se que a negligência do Estado com essa realidade gera uma tranquilidade aos proprietários que praticam o trabalho escravo com os funcionários, pois sabem que podem continuar que não serão pegos pelo Governo. Destarte, é mister a potencialização de ações para erradicar a escravidão contemporânea. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação, por meio de campanhas em lugares de extrema pobreza, alertar os indivíduos de que alguns trabalhos oferecidos são análogos à escravidão, visando acabar com a vulnerabilidade deles. Outrossim, é de suma importância que o Poder Executivo, mediante a imposição de uma ordem à Polícia Federal, fiscalize lugares que sejam suspeitos de escravidão, objetivando resgatar as pessoas dessa condição e punir os infratores. Assim sendo, o Brasil estará livre do trabalho escravo.