O Aedes Aegypti, conhecido popularmente como o mosquito-da-dengue, devido ao fato de que ele é capaz de transmitir os quatro sorotipos da doença, também é o responsável pela transmissão da febre amarela, da febre chukungunya e do vírus zika. Apesar de existirem campanhas para o combate contra esse inseto, elas não estão sendo eficazes. Um dos motivos da ineficácia dos métodos adotados (eliminação dos criadouros com o uso de larvicidas e inseticidas, verificação se há acumulo de água parada, dentre outros) está no fato de que os agentes de saúde não possuem acesso a todas as residências. Em Passos (MG), de acordo com o diretor de saúde do município, 25% dos imóveis não foram vistoriados por recusa dos moradores ou por estarem fechados. Em consequência, muitos locais onde se localizam o foco do vetor não são atingidos, fazendo com que a proliferação do mosquito continue. O verão, em regiões onde há altas temperaturas e elevada precipitação de chuva, é a época do ano em que ocorrem os picos de transmissão das doenças relacionadas ao Aedes Aegypti, pois as fêmeas do mosquito encontram mais água parada para fazer a desova. Apenas elas transmitem essas enfermidades, visto que se alimentam de sangue, picando o hospedeiro, enquanto os machos utilizam como fonte de alimento apenas o néctar. Por fim, a falta de conscientização da população contribui para a ineficiência das ações realizadas para o combate. Dar acesso irrestrito para os agentes de saúde aumentaria a eficiência na guerra contra o mosquito-da-dengue, pois, mesmo quando o dono não for localizado ou o morador se recusar a colaborar, eles poderão localizar focos do vetor que antes eram inacessíveis. Outra solução é a utilização do Aedes Aegypti (machos) transgênico que transmite um gene letal aos seus descendentes que os impede de chegarem à fase adulta. Isso dificultaria a contaminação e reprodução do vetor natural da doença.