Febre, dores no corpo, manchas vermelhas, dor de cabeça. Esses são alguns dos sintomas que se assemelham aos três vírus - dengue, zika e chikungunya- transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. Atualmente, ocorreu um surto e a rápida proliferação desse transmissor, aumentando os casos das doenças supracitadas. Todavia, a sociedade e o Poder Público não estavam preparados para tal fato, sendo a ineficácia das ações de combate uma problemática alarmante para a sociedade brasileira. A princípio, vê-se que as semelhanças entre dengue, zika e chikungunya atrapalham o diagnóstico médico para o reconhecimento da real doença de cada paciente e, assim, a realização do tratamento adequado. Essa situação agrava-se pela falta de testes nos hospitais, públicos e privados, que identifiquem o vírus correto, bem como a insuficiente oferta de unidades hospitalares especializadas para essas doenças. A mais grave consequência do exposto é a não realização do tratamento específico de cada vírus, o que demonstra a ineficácia das ações para atenuar os males do mosquito Aedes. Nota-se também que uma das principais causas para a rápida proliferação do mosquito é a falta de saneamento básico nas cidades brasileiras. Esse fato decorre da urbanização acelerada e caótica ocorrida no Brasil, levando pessoas a habitar em locais precários. Desse modo, esgoto e lixo a céu aberto contribuem para formar poças de água que servem como criadouras para o Aedes, gerando sua desordenada disseminação. Assim, observa-se que as ações de combate não devem ser somente imediatas, mas construídas durante anos na sociedade. Outro fator relevante diz respeito à falta de conscientização e a imprudência da sociedade frente ao combate do mosquito. Deve-se considerar que é essencial a participação coletiva social, uma vez que a maioria dos focos do mosquito estão dentro das residências, em caixas d’água mal vedadas ou piscinas, por exemplo. Além disso, muitos cidadãos não conhecem as medidas de combate ou muitas vezes não atendem aos profissionais que realizam a visita de contenção. Desse modo, a sociedade também não contribui efetivamente para a eficácia das ações de combate ao Aedes aegypti. Em face do exposto, é fundamental que primeiramente o Poder Público invista em estruturas e projetos de prevenção dos vírus transmitidos pelo Aedes, como, por exemplo, a melhoria do saneamento básico das cidades, seja do lixo, esgoto ou a distribuição de água tratada, por meio de órgãos fiscalizadores. Também é viável a ampliação de fontes de pesquisa em universidades e centros científicos para o estudo e elaboração de vacinas para esses vírus, bem como testes que diagnostiquem especificamente cada doença, a fim de facilitar o tratamento adequado. Ademais, a sociedade civil deve criar ONGs que ofereçam orientação para cidadãos pouco informados e explicação de cada medida que deve ser tomada individualmente nas residências, por meio de profissionais especialidades e fiscalização semanal. Tudo isso possui o intuito de tornarem mais eficazes as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti