Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 14/10/2016

Durante a Idade Média, a febre, dores musculares, náuseas e diarreia seriam vistas como castigos divinos e apenas a religião teria o dom de promover a cura. Com o avanço do pensamento racional – introduzido no Renascimento – e a adoção de métodos científicos, concluíram que esses sintomas eram acometidos por um vírus presente na picada do Aedes Aegypti. A partir disso, no Brasil, campanhas de conscientização e fiscalização por meio de agentes de saúde tornaram-se as medidas mais exploradas pelo governo, desde 1980, quando casos de dengue reapareceram. No entanto, essas ações vêm convertendo como obsoletas, à medida que os mosquitos transmissores criam resistência a elas. Investir em pesquisas possibilita maior eficácia ao combater a perpetuação dos vetores. Segundo Charles Darwin, as espécies evoluíram fundamentadas nas ações do meio que se encontravam. Desse modo, o uso intensivo de inseticidas e as diminuições de criadouros agem como fator de seleção natural, ou seja, selecionando os mais adaptados para as condições que o homem impõe. Tampas de garrafa e até mesmo águas que não sejam limpas já são considerados alvos para a espécie continuar sua reprodução. Para isso, faz- se necessário abandonar as medidas tradicionais e investir em algo mais promissor como a biotecnologia. Como exemplo, a empresa britânica Oxitec desenvolveu mosquitos transgênicos que foram soltos na cidade de Piracicaba diminuindo, significativamente, a população do vetor. Vale ressaltar a urbanização como outro fator que além de auxiliar no prolongamento da vida do mosquito, também intensifica a proliferação dele. A industrialização brasileira – iniciada no governo Vargas – atraiu diversas pessoas que buscavam melhores condições de vida. Contudo, o baixo índice de saneamento básico – devido a grande massa urbana – favoreceu o desenvolvimento de doenças. A região sudeste ilustra muito bem essa situação, de acordo com o portal Brasil, em 2015, ela liderou o número de casos de dengue no país. Fica claro, portanto, que as praticas adotadas há trinta anos não são apropriadas e que juntamente com o aumento das cidades moldaram os mosquitos que se habituaram as essas circunstâncias. O Ministério da Saúde deverá firmar parcerias com universidades públicas para que essas desenvolvam pesquisas relacionadas à genética e biotecnologia para a criação de genes letais aplicados na redução do Aedes Aegypti. Enquanto isso, cada município ficará responsável em aumentar a tributação, medida provisória, para que possa levar saneamento básico para todos.