O mosquito Aedes Aegypti é o agente transmissor tanto de doenças reemergentes como a dengue, como também de doenças novas como o Zika vírus. Provocando diversas epidemias como a febre amarela no século XX, tal mosquito persiste no território brasileiro até os dias atuais devido à ineficácia dos modelos de desenvolvimento e organização do país, o aumento da poluição urbana e os maus hábitos da população. O crescimento populacional no Brasil ocasiona um aumento caótico das áreas urbanas, de forma que a população de baixa renda busque moradias em locais pouco adequados, sofrendo com a falta de saneamento básico, fornecimento de água para consumo doméstico e coleta de lixo regular. Tais deficiências levam os moradores a suprir suas necessidades de outras formas, como o conservamento de água em baldes e caixas d’ água, ambientes propícios para a proliferação do mosquito. Ao mesmo tempo em que a desigualdade urbana e social aumenta, a poluição também. A queima de combustíveis fósseis e uso constante de energias não renováveis são fatores que agridem a natureza, contribuindo principalmente para o aumento do efeito estufa. A quantidade excessiva de gases poluentes na atmosfera acarreta um desequilíbrio climático, o que favorece o mosquito, pois se reproduz em maior quantidade no calor. Além de que, grande parte da poluição é praticada pelos cidadãos. Não só a poluição em grande escala realizada pelas indústrias, mas também em pequenos atos do cotidiano, como latas jogadas fora do lixo e bitucas de cigarros nas calçadas. A atitude despreocupada em relação ao meio ambiente, bem como a repetição de maus hábitos expõe a falta de instrução, cidadania e desenvolvimento social que são fundamentais para erradicar o agente patológico que afeta o Brasil por tanto tempo. Portanto, é necessário que o Ministério do Orçamento, Planejamento e Gestão invista na infraestrutura por meio da distribuição igualitária de água, aumento das coletas de lixo e saneamento básico para que reduza a quantidade de criadouros de mosquitos. Já o Ministério da Educação deve inserir a educação médico-sanitária na grade curricular das escolas públicas por meio de atividades e projetos de reciclagem e preservação à natureza, a fim de que sejam formados cidadãos conscientes e preocupados com um desenvolvimento sustentável e um combate bem-sucedido contra o mosquito.