No final do século XVIII o surto de malaria chegou em seu ápice. Um único mosquito foi e continua sendo responsável por milhões de mortes e, apesar de algumas vacinas terem se mostrado eficazes, não parecemos nem perto de acabar com ele. Hoje, um outro mosquito vem sendo tão temido quanto o da malária foi a 100 anos atrás, mas a principal diferença é que este, nós sabemos como combater. O Aedes aegypti, além de transmitir a velha conhecida Dengue, também propaga a Chikungunya e a Zika. Embora a mortalidade do zika vírus seja pequena, este tem se mostrado bastante preocupante por estar relacionado com a microcefalia em recém-nascidos. Conforme divulgado de diversas maneiras, água parada é uma ameça em potencial e eleva a reprodução do Aedes aegypti. Junto a isso temos o crescimento desordenado das cidades com muito asfalto e obras pelas ruas fazendo com que a água da chuva não tenha para onde correr, e, somado a carência do saneamento básico e a má distribuição dos recursos hídricos, pinta-se um quadro a favor do mosquito. Tendo isso em vista, de fato, é preciso cortar o mal pela raiz. Começando com o governo proporcionando melhores condições de vida para seus cidadãos, bem como uma ação conjunta da sociedade realizando multirões guiados para acabar com focos do Aedes e uma divulgação ainda maior por parte da mídia sobre os riscos oferecidos pelo mosquito. O antigo provérbio "água silenciosa é sempre perigosa", nunca pode ser tão bem aplicada.