Título da redação:

Prevenção constante

Tema de redação: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 25/02/2016

O mosquito Aedes Aegypti surgiu no continente africano por volta do século XVI e chegou à Ásia e às Américas na época da Colonização. No Brasil, foi considerado erradicado duas vezes, graças às ações de combate ministradas pelo epidemiologista Oswaldo Cruz. Mas, no final da década de 70, o Aedes voltou para ficar. A fêmea do mosquito é vetor das doenças Dengue, Zika e Chikungunya. A primeira é caracterizada por apresentar quatro tipos, sendo a hemorrágica a mais grave. A segunda pode estar associada ao nascimento de bebês com microcefalia, embora ainda não haja nenhum fato que comprove tal relação. Ambas as doenças apresentam como sintomas: dores nas articulações, manchas avermelhadas pelo corpo e febre. O acasalamento do Aedes Aegypti acontece dentro ou ao redor das habitações, próximo a aglomerados populacionais, pois, após a cópula, a fêmea necessita de sangue para o completo desenvolvimento de seus ovos. A desova ocorre, preferencialmente, em água limpa e parada e, por este motivo, boa parte da sociedade acredita que o mosquito só aparece no verão, época em que os índices pluviométricos são altos e as temperaturas, elevadas. No entanto, os ovos do Aedes são resistentes ao ressecamento, podendo sobreviver muitos meses em locais secos, até que o próximo período chuvoso e quente chegue e eles possam eclodir. Muito se tem feito na tentativa de deter a proliferação do mosquito e de informar a população sobre a importância de tal. No município de Piracicaba, interior de São Paulo, é solto por semana cerca de um milhão de machos transgênicos do Aedes Aegypti, que interrompem o ciclo de vida da fêmea após o acasalamento. Além disso, com o intuito de conscientizar a sociedade, mutirões são organizados pelo exército, palestras são ministradas em escolas, panfletos estão sendo entregues nas ruas, anúncios midiáticos têm aparecido em todo o momento... No entanto, segundo o médico Marcos Boulos, especialista em doenças infecciosas e parasitárias, aproximadamente 80% dos focos do mosquito ocorrem dentro das casas. Ou seja, mesmo que o governo e os órgãos da saúde fossem 100% eficientes na luta contra o Aedes Aegypti, o problema continuaria. Portanto, para que ele seja erradicado novamente, é necessária a colaboração da população em todos os períodos do ano, e não apenas quando chove e está quente. Toda a sociedade deve ter a responsabilidade de colocar um fim nos criadouros do mosquito em suas residências, eliminando a água parada em latas, pneus, plásticos e sobre as lajes, tampando as caixas d’água e outros tambores, higienizando vasinhos de plantas e enchendo-os de areia, colocando garrafas de cabeça para baixo e limpando as calhas, como por exemplo. Com essas medidas de combate, certamente, em médio prazo, o país estará livre do tão temido Aedes Aegypti.