A sociedade brasileira, há alguns anos, conhecia apenas a dengue como doença ligada ao mosquito Aedes Aegypt. Hoje, mais duas enfermidades, o chikungunya e o zika vírus, são nacionalmente conhecidos. E o número de pessoas infectadas por estas três moléstias aumentam a cada verão. Isso, infelizmente, mostra a ineficácia das medidas combativas ao mosquito vetor implementadas até agora no país. Aristóteles, filósofo grego, já dizia que o homem é um ser gregário, ou seja, nasceu para viver em sociedade. Contudo, a ação ou a omissão de um membro da coletividade pode interferir na vida do outro. Dessa maneira, por mais que um cidadão cumpra com seus deveres de manter a casa e o quintal limpos, como atitude preventiva a proliferação do Aedes Aegypt, o vizinho não pode ter a mesma consciência e prejudicar toda a comunidade. Por outro lado, há circunstâncias que tornam ainda mais difícil o combate ao inseto transmissor das doenças. São, por exemplo, as casas de veraneio ou imóveis particulares desocupados e trancados sem os cuidados necessários; os terrenos baldios ou bens públicos objetos dos descasos das autoridades, que não realizam o serviço de limpeza adequado; e os lugares de difícil acesso, próximos a matas, acumulando, naturalmente, poças d’água. Tudo isso, complica, sobremaneira, a luta contra essa epidemia. Pelo exposto, percebe-se que a sociedade está perdendo a batalha contra o mosquito. Mas podemos vencer essa guerra. É necessário, para isso, que as campanhas de conscientização e de fiscalização dos terrenos continuem. Além disso, os governos e a sociedade civil organizada devem investir nas tecnologias advindas da engenharia genética, com os mosquitos geneticamente modificados, que tornam os seus descendentes estéreis, por exemplo, e nas vacinas contra algumas ou todas as doenças transmitidas pelo Aedes