Pergunte a um cidadão o que fazer a fim de combater a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, e ele dirá: “deve-se manter as caixas d’água fechadas, lavar semanalmente a vasilha de água dos animais de estimação, virar a boca das garrafas para baixo, não deixar lixo acumulado...” Se a população então sabe o que fazer para evitar o vetor, por que os casos de dengue, chikungunya e zika no Brasil, doenças transmitidas pelo mosquito, aumentaram tanto recentemente? Porque há falta a conscientização, da população, em relação ao perigo que traz com sigo essas doenças. As pessoas, de fato, sabem o que fazer em relação ao problema, mas muitas vezes não fazem, ou fazem em seu quintal e não fazem em outros lugares de seu acesso. Um bairro, por exemplo, em que todos os vizinhos cuidam para não permitir criadouros em seu quintal, mas que não cuidam do lixo que se encontra na rua, não é um bairro protegido. Para combater o Aedes Aegypti é necessário que todos os cidadãos cuidem de tudo ao seu redor: do quintal, da rua, de terrenos abandonados, de parques etc. O Brasil é um país tropical, isso quer dizer que ele se encontra em uma região geograficamente mais propícia a ter casos, registrados, de doenças transmitidas por insetos. É possível, no entanto, evitar a proliferação, ou até mesmo causar a extinção, dessas doenças acabando com os criadouros dos vetores. Mas para que isso aconteça, é indispensável que cada cidadão se sinta motivado; para acabar com essas doenças tão preocupantes no território brasileiro, seria necessário que nenhuma pessoa do território deixasse água parada em nenhum lugar. Isso quer dizer que é preciso que as mais de 200 milhões de pessoas que residem no Brasil sejam conscientizadas. Sabendo, portanto, que as pessoas conhecem os mecanismos para impedir a proliferação do mosquito, mas não tem a consciência de sua importância, o Estado Brasileiro deve investir pesadamente em programas de conscientização – sejam palestras, propagandas ou mutirões – a fim de conseguir reverter o caso de maneira a tornar as pessoas conscientes do perigo que carrega consigo o Aedes Aegypti.