Título da redação:

Matriz Pandêmica

Tema de redação: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 08/02/2016

Em 2014, o Brasil foi sede da Copa do Mundo, em 2016 será dos Jogos Olímpicos, no entanto, nos últimos anos vem sendo sede das maiores crises mundiais. Embora o problema com o Aedes Aegyti não seja recente, o surto de doenças causadas por esse mosquito se sustenta sobre a negligência e as medidas efêmeras insufucientes, ganhando dimensão global. O sistema de saúde pública brasileiro padece com a superlotação do setor que não consegue atender a demanda. A infraestrutura da rede é incapaz de suprir os usuários que aguardam meses por um transplante, por exemplo. Com a descoberta de novas doenças causadas pelo mosquito transmissor de Dengue e Febre Amarela, a recepção de mais pacientes é um fator preocupante. Além disso, os índices de natalidade de crianças microcefálicas cresce exponencialmente, aliado à hipótese dessa doença estar vinculada ao vírus zika. Em razão deste desamparo, o cenário brasileiro se tornou um ambiente acolhedor de uma epidemia. Com o objetivo de combater o mosquito e as doenças causadas por ele, o país adotou uma série de medidas temporárias. No início do ano, por exemplo, a presidente Dilma divulgou o pagamento de um benefício mensal para as famílias de bebês com microcefalia, além disso as autoridades da saúde pública instruem as mulheres que pretendem engravidar para que esperem mais um pouco e às gestantes que se munam de repelentes e qualquer outra forma de barreira contra o mosquito, dentre outras medidas que apenas aprisionam e consolam a sociedade. O problema ganhou evidência mundial diante da percepção de que este é o cenário que irá sediar os Jogos Olímpicos de 2016 e receberá milhares de turistas de todo o mundo. Segundo o jornal americano New York Times, cerca de 2000 norte-americanos visitarão o Brasil nesse período, estes retornarão ao seu páis de origem no verão, época favorável para a reprodução do mosquito Aedes Aegypti. A preocupação se tornou ainda maior depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou o risco de uma pandemia. O Brasil se tornou, desta forma, sinônimo de perigo para a população mundial, e diante da crise econômica e política que o país enfrenta, esta situação é um fator determinante para ser declarado estado emergencial. Com um investimento maior em pesquisas que favoreçam o tratamento efetivo das doenças, bem como a instituição de medidas profiláticas e punições legislativas aos que não colaboram com este combate de maneira rigorosa, o país têm subsídios para erradicar o Aedes Aegypti e seus prejuízos anexos.