Durante a colonização da América Latina pela Espanha, muitos nativos morreram, não só pela guerra ou pela fome, mas principalmente pela Varíola que se espalhava pelo continente, trazida pelos Europeus. A doença era desconhecida pelos americanos, que não sabiam como tratar dela, nem como a prevenir. Analogamente ao acontecido no início da idade moderna aos países vizinhos, o Brasil enfrente uma grave epidemia de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus. Diferentemente da crise de Varíola, hoje o governo sabe o tratamento correto para as enfermidades citadas, porém, a falta de informação distribuída de maneira eficiente à população, somada à precariedade dos hospitais acarretam em uma profunda crise de saúde no país. Combater a doença é simples e rápido: trata-se do combate à reprodução do mosquito transmissor. Medidas básicas como tampar garrafas PET, colocar areia em vasos de planta e a fechar as caixas d'água já impedem a sua reprodução. Isso, somado aos esforços do governo com a dedetização de áreas públicas já reduziriam os números de casos drasticamente, entretanto, o governo parece querer apenas jogar as contas na população e não se manifesta em fazer sua parte. O despreparo do Ministério da Saúde em combater doenças fica evidente quando se procura a fundo os motivos que levaram a situação aos números que são apresentados atualmente - cerca de 1 milhão e meio de casos de apenas de dengue no país. Segundo informações levantadas pela Agencia Brasil, o governo só começou a comprar inseticidas e larvicidas recentemente, após a doença ter se tornado uma epidemia no país. Ademais, a falta de empenho por parte dos que administram o país fica ainda mais preocupante quando se é analisado o padrão de casos da doença no país - a maior parte da população atingida é, geralmente, de bairros e comunidades carentes, com um saneamento básico precário, geralmente com ruas esburacadas, o que aumenta as chances do mosquito ter sucesso reprodutivo. Torna-se explícito, portanto, que as ações de combate ao mosquito existem, porém não são eficazes. Medidas por parte do governo devem ser criadas, como a implementação de centros de controle de focos do mosquito em bairros carentes. ONGs ambientais devem ser incentivadas pelo governo para garantir o acesso universal da população à informação de como combater o mosquito. Agentes comunitários devem ser treinados pelo governo para irem às casas e ruas para certificar que o mosquito foi eliminado daquele local. Medidas essenciais como o saneamento básico devem ser tomadas com seriedade por parte do governo. Somente o esforço conjunto e eficaz por parte da população e seus representantes evitarão que o Brasil remeta ao passado cruel da América Espanhola.