Título da redação:

Contrato social

Tema de redação: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 28/02/2016

Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti como resultado de medidas para controle da dengue. Hoje, no entanto, o vetor é encontrado em todos os estados brasileiros, transmissor, desta vez, não só da dengue, mas também de doenças como a chikungunya e a zika. Com isso, surge a problemática do insucesso do combate à proliferação desse mosquito, seja pela adoção de medidas paliativas ou pela lenta mudança de mentalidade social. É indubitável que medidas como o uso de inseticidas e “fumacês” são métodos de controle do mosquito, contudo nem sempre eficazes. Nesse sentido, o que acontece muitas vezes é o uso indiscriminado desses produtos que acaba selecionando linhagens resistentes. Outrossim, vale ressaltar que a tecnologia é um dos principais aliados para que medidas paliativas façam apenas parte de um passado. Logo, investir ainda mais em mosquitos transgênicos – incapazes de se reproduzir – é prova de que a tecnologia é uma das principais aliadas à saúde e pode ser utilizada em longo prazo. É válido ressaltar, ainda, que a falta de iniciativa da população somada a um falho acordo com o Estado dificulta o processo de extinção ou controle do Aedes aegypti. De acordo com Rousseau, a liberdade natural do homem, seu bem-estar e sua segurança seriam preservados através de um contrato social. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, apesar do Governo Federal divulgar quais ações devem ser feitas pouca é a resposta das pessoas. Nesse sentido, pode-se destacar a acomodação dos cidadãos em jogar lixo nas ruas na forma de garrafas, copos e pneus – propício para o acúmulo de água - como acelerador do desequilíbrio do contrato social proposto por Rousseau. Entende-se, portanto, que a continuidade da pouca eficácia das ações de combate ao Aedes é fruto da ainda fraca adoção de medidas mais sólidas e da permanência da preguiça populacional como intenso fato social. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal deve elaborar um plano de implementação de visitas domiciliares semanais, realizadas por agentes sanitários especializados nessa forma de proliferação, aliado à esfera estadual e municipal do poder. Ademais, as emissoras abertas de televisão devem informar aos cidadãos como proceder diante de tais abordagens, haja vista que muitos hesitam em abrir as portas de suas casas. Por fim, as escolas e as famílias devem realizar a mudança de mentalidade social por meio da educação.