Título da redação:

Combate ao mosquito mortal

Tema de redação: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 23/04/2016

Atualmente, uma das maiores preocupações da Saúde Pública no Brasil é o mosquito Aedes Aegypti. Não somente pelas doenças que ele transmite a dengue sorotipo 1, 2, 3 e 4, do Zika e da chikungunya, mas também pelas consequências que essas doenças causam como a microcefalia e a síndrome de Guillain Barré, ambas ocasionadas por complicações em relação ao Zica Vírus. Campanhas e ações têm sido desenvolvidas para combater o mosquito, no entanto, essas iniciativas mostram-se pouco eficazes, pois não surtem o efeito esperado, já que os números de casos dessas doenças continuam aumentando. O mosquito se reproduz em qualquer local que houver condição propícia, portanto, a principal medida profilática dessas doenças é eliminar o vetor, não deixando água parada, acabando dessa forma com os criadouros, a fim de evitar a reprodução e a proliferação do mosquito. Apesar das campanhas e intensificações de visitas domiciliares feitas por agentes de saúde, agentes de endemias e até mesmo pelos batalhões do exercito que foram designados para tal tarefa, ainda é possível encontrar muitos focos do mosquito. Ao olhar de forma mais minuciosa em alguns quintais, terrenos e ruas, ainda encontramos locais com água limpa e parada, lugares ideais para a reprodução do mosquito Aedes Aegypti. Apesar das inúmeras tentativas de tentar combater o mosquito, o que se tem visto é o aumento nos números de casos das doenças transmitidas pelo Aedes em todo o Brasil. Conforme o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, os casos de dengue aumentaram quase que 50% no ano de 2016, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já os casos de chikungunya aumentaram mais que o dobro. Percebemos, então, como as ações para eliminar o vetor parecem não surtir o efeito esperado, pelo menos diminuído os números de tais doenças. Combater o mosquito Aedes Aegypti é responsabilidade do poder público e de toda a população. As campanhas publicitárias e as ações que já são realizadas são importantes, mas parecem pouco eficazes, pois buscam apenas combater o mosquito e não conscientizar a população quanto à importância médica das doenças transmitidas pelo mosquito. Logo, é necessário ampliar o foco das campanhas e ações. Não combatendo apenas o mosquito, mas também direcioná-las para educar a população quanto à gravidade das doenças e das consequências que elas trazem, pois muitas vezes podem levar a sequelas permanentes e até à morte. Assim, a sociedade saberá o risco que é ter um criadouro de mosquito em casa. Além disso, o Estado precisa investir maior verba em pesquisas mais eficazes para se encontrar formas de evitar essas doenças e até mesmo de eliminar o mosquito, como já vemos nos casos da criação dos mosquitos transgênicos. Assim, só por meio do engajamento dos gestores públicos e de toda população é que poderemos erradicar o mosquito Aedes Aegypti, bem como as doenças que ele transmite.