Ao longo do processo de expansão marítima, os mosquitos Aedes Aegypti, originários do Egito, foram transportados para outras regiões do planeta, onde obtiveram condições semelhantes ao local de origem, como nas regiões tropicais. No entanto, percebe-se que o inseto sofreu mutações e recombinações gênicas e, atualmente, está presente em diversos ambientes distintos, como na Cordilheira do Himalaia. Além disso, possui a capacidade de transmitir quatro tipos de doenças, como a Febre Amarela, Febre Chikungunya, Dengue e Zika. Com isso, sabe-se da importância ao combate ao mosquito. Entretanto, percebe-se que o número de casos não apresenta retrocesso e isso reforça o descaso em que a eliminação do mosquito é tratada. Nesse contexto, apesar da massificação da realização de propagandas e campanhas sobre o combate ao mosquito, ainda há a inexistência de consciência acerca das doenças, por boa parte da população. Outro fator que intensifica a problemática é a falta de delimitações de horários pelos cidadãos, como o objetivo de promover vistorias nos locais mais prováveis para o acúmulo de água. Ainda convém lembrar as consequências ao sistema público e privado devido ao aumento do número de incidentes relacionados ao Aedes Aegypti. Através da intensificação da quantidade de enfermos, os hospitais e postos se apresentam superlotados, o que configura uma situação caótica, haja vista a falta de leitos e profissionais disponíveis. Além disso, essas pessoas infectadas que pertencem ao PEA (População Economicamente Ativa) geram prejuízos às empresas, já que não podem exercer suas funções profissionais, por causa de seus estados de saúde. Outro fator existente é as consequências ao organismo humano quando se adquire uma dessas doenças acometidas pelo mosquito. O vírus da dengue possui a capacidade de reduzir drasticamente a contagem de plaquetas, o que configura a possiblidade de gerar hemorragias internas, que dependendo da gravidade pode ser fatal. Além disso, o vírus Zika em grávidas ataca as células nervosas do feto, prejudicando seu desenvolvimento neural e, assim, há a ocorrência da microcefalia. Sendo assim, é essencial que as prefeituras intensifiquem a fiscalização nas residências, para garantir a manutenção da ausência de focos de mosquito nesses locais. Ademais, o Ministério da Saúde deve promover multas às residências que não estão cumprindo seu papel social no combate ao inseto, a fim que incentive os moradores a realizar ações preventivas. Por último, o próprio cidadão deve ter consciência da situação e selecionar horários semanais para observar os locais com maior propensão de desenvolver larvas do mosquito, a fim de garantir o combate às doenças causadas pelo Aedes Aegypti.