Título da redação:

Cada casa, uma oportunidade

Tema de redação: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 07/10/2017

Na década de 1940, Oswaldo Cruz criou uma vacina que conseguiu erradicar a febre amarela no Brasil, esse episódio ficou conhecido como Revolta da Vacina. Entretanto, recentemente, além dos surtos de febre amarela, o país ainda passou por crises de dengue, zika e chikungunya; todos com um vetor em comum: o Aedes aegypti. Nesse cenário, o governo brasileiro tem promovido campanhas para combater o mosquito, porém o engajamento dos brasileiros não tem correspondido ao nível de gravidade da situação. Em primeira instância, vale salientar que a contribuição da saciedade é crucial para que o combate ao mosquito seja eficaz. No entanto, a expectativa de adesão da população vai de encontro a realidade, pois muitos moradores se negam a receber o agente de saúde em sua casa. Prova disso, é que segundo o Ministério da Saúde, dois terços dos criadouros de dengue se encontram dentro das residências. Tal cenário, se mostra ainda mais grave, quando ao permitir um foco em sua casa, a pessoa pode prejudicar não apenas a si mesma, mas todos aqueles que estão ao seu redor. Daí, entende-se porque que de acordo com o Ministério da Saúde, o surto atual de febre amarela é o pior em trinta anos. Em decorrência das dificuldades enfrentadas, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, afirmou que erradicar o Aedes, se tornou "praticamente impossível". Diante disso, essa entidade desenvolveu uma pesquisa na qual uma bactéria é inserida no vetor afim de que ele não consiga mais transmitir as doenças zika, dengue, chikungunya e febre amarela. O objetivo desse estudo é que os mosquitos estabeleçam a relação ecológica de competição com os que estão saudáveis. Contudo, essa técnica desenvolvida ainda não foi posta em prática em todo país e assim, muitas regiões ainda se encontram desassistidas pelo governo. De fato, conclui-se que combater o Aedes se tornou um desafio no Brasil. Para mudar essa realidade é imperativo que as pessoas estejam predispostas a cooperar com os agentes de saúde, recebendo suas visitas. Além disso, a sociedade deve ser vigilante aos possíveis focos do mosquito dentro de suas casa e, se necessário, denunciar a Secretaria de Saúde possíveis criadouros em casas vizinhas. Ademais, as escolas devem realizar debates nos colégios ensinando acerca da importância de não deixar água limpa acumulada e o governo precisa intensificar, ainda mais, as campanhas de conscientização e vacinação que vem sendo desenvolvidas. Por fim, as secretarias de saúde devem fornecer pessoal e logística para a aplicabilidade do projeto da Fiocruz em todo país. Dessa forma, através da integração entre diversos agentes, será possível não dar mais oportunidades para o Aedes se proliferar.