Título da redação:

Aedes Aegypti e crise hídrica: um cenário ineficiente

Tema de redação: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 27/01/2016

É evidente que o Brasil passa por uma das mais graves crises na saúde, ligada ao mosquito Aedes Aegypti – atualmente transmissor de três viroses: Dengue, Zika e Febre chikungunya. Essa situação, agravada pelos longos períodos de estiagem e pela má distribuição hídrica no país, leva ao armazenamento inadequado da água por parte da população. Com isso, potenciais focos de desenvolvimento do mosquito são produzidos e, consequentemente, o combate deste é prejudicado. Dessa forma, é necessário entender a relação entre a crise hídrica no Brasil e a baixa eficácia das ações de combate ao vetor das doenças citadas. Primeiramente, é preciso analisar o crescente número de casos de doenças, principalmente a Zika, ligadas ao Aedes Aegypti na região Nordeste. Devido ao clima semiárido, predominante na região e acentuado pela atual conjuntura climática do planeta, as secas no território nordestino são cada vez mais prolongadas. A fim de estocar água, a população, muitas vezes, faz uso de qualquer recipiente. Tal cenário prejudica a maior parte do combate ao transmissor, pois grande parte dos objetos usados não são bem vedados, tornando-se possíveis criadouros do mosquito. Isso pode justificar as elevadas estatísticas relacionadas às patologias difundidas por tal vetor. Entretanto, deve-se avaliar, também, o papel displicente da população frente o combate ao mosquito. É de conhecimento geral que a principal forma paliativa de evitarem-se doenças como a dengue e a febre chikungunya é erradicar a reprodução, que se dá através do acúmulo de água parada, do Aedes Aegypti. Porém, mesmo ciente disso, a população prossegue negligente, viabilizando a reprodução do mosquito quando permite que pneus e garrafas, por exemplos, fiquem com água parada. Para tornar as ações de combate ao mosquito mais eficientes deve-se, portanto, haver uma dicotomia entre o governo e população na batalha contra esse transmissor. Para isso, os habitantes devem se tornar mais proativos e, assim, não permitir, em sua casa, o acúmulo de água parada, além de cobrar esta atitude de todos aqueles em seu entorno. Já o governo deve melhorar a política de distribuição de águas, principalmente em regiões mais secas, a fim de evitar o armazenamento inadequado e, por conseqüência, diminuir o número desses vetores no ambiente. O combate ao Aedes Aegypti é e sempre será um dever de todos.