Título da redação:

a tentativa de uma erradicação.

Tema de redação: A eficácia das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

Redação enviada em 09/04/2016

Atualmente, o mosquito é o animal que causa a maior quantidade de óbitos no mundo. Tudo, por ser responsável por transmitir uma infinidade de vírus que, por consequencia, dizima cerca de 725 mil pessoas ao ano. No Brasil, hoje, a maior preocupação enfrentada é com o mosquito do gênero Aedes, dando ênfase à espécie aegypti (que transmite a dengue, a chikungunya e mais recentemente, o zika vírus), e a espécie albopictus, que além de transmitir todas as doenças causadas pela dengue, também é vetor da febre amarela. Dessa forma, diante de tantos riscos, é essencial que ações sejam utilizadas para prevenir novos casos em um país onde a estrutura de saúde é tão fragilizada. Por ser um mosquito que gosta de colocar seus ovos em bordas de água limpa e parada, a melhor prevenção ainda é a eliminação do vetor, já que vacinas contra o vírus da dengue, chikungunya e zika são inexistentes até o momento. Combater locais que acumulem água como calhas entupidas, bandejas de ar condicionado, poços de elevador e lixo a céu aberto, por exemplo, se tornam medidas eficazes para a morte do mosquito ainda em seu estágio larval. O grande problema, é que grande parte da população não dá a devida importância ao assunto e, dessa forma, agrava o número de casos com contração dos vírus. Para chamar a atenção sobre a importância da limpeza para a eliminação dos focos do Aedes, o Ministério da Saúde lançou a campanha "Sábado da faxina". A ideia é que toda a população dedique um dia da semana para verificar todos os possíveis focos do mosquito, fazendo uma limpeza geral em sua residência e aos arredores para impedir a sua reprodução. Uma medida eficiente se a sociedade aderir ao projeto. Cientificamente, além da vacina da dengue já estar em fase final, pesquisadores estão desenvolvendo profilaxias para a redução dos mosquitos. A primeira delas trata-se da aplicação da bactéria Wolbachia dentro da célula do Aedes que possui o vírus flaviridae. Ao fazer a aplicação, o vírus e a bactéria competem por nutrientes dentro da célula, enfraquecendo-o e deixando-o sem a capacidade de transmissão. Outra medida é a criação de mosquitos transgênicos. Os pesquisadores desenvolveram machos que, ao cruzarem com as fêmeas, fazem com que as larvas não consigam chegar a vida adulta, diminuindo, por conseguinte, o número de insetos. Apesar das profilaxias laboratoriais estarem tendo seguimentos eficazes, somente elas não trazem resultados totais. Combater os vetores com ações comunitarias como o "Sábado da faxina", juntamente com esses novos procedimentos, se tornam fundamentais para a erradicação desse mosquito que tanto fez (e ainda faz) mal a população que tanto tem sofrido com esse problema.