O combate às doenças infectocontagiosas no Brasil não é exclusivo da contemporaneidade. No Início do século XX, por exemplo, sob o comando do médico sanitarista Oswaldo Cruz, a cidade do Rio de Janeiro, foi palco de um processo de enfrentamento a diversos tipos de doenças transmitidas por organismos vivos. Atualmente, a luta contra o mosquito Aedes Aegypti, não sairá vitoriosa sem a participação da maioria da população, visto que os cidadãos tem potencial responsabilidade sobre o agravamento dos casos de doenças transmitidas por esse vetor. Em primeiro lugar, é importante mencionar que os governantes não conseguirão eliminar este mosquito sem a colaboração dos seus cidadãos. Desse modo, tomar os tradicionais cuidados rotineiramente, em não permitir o acúmulo de água parada, não deve ser uma atitude apenas quando os índices de enfermos com dengue, chikugunya ou zika vírus estão alarmantes. A experiência brasileira com esse problema revela que é necessário uma postura ativa em todos os momentos. Além disso, a iniciativa pública tem responsabilidade em fomentar, além de toda estrutura necessária, a educação das pessoas nesse processo. O filósofo Imannuel Kant afirmara que o homem é o que a educação faz dele. Diante disso, faz-se imprescindível a atuação governamental em projetos que garantam o ensino de técnicas eficientes de combate ao mosquito, que leve a população, diariamente, não perder o foco da importância de sua atuação. Assim, combater este inseto é responsabilidade da coletividade. O povo brasileiro deve demonstrar o contrário do que afirmara o literato Lima Barreto: “o Brasil não tem povo, tem público”. Logo, as Secretarias Municipais de saúde poderiam formar lideranças comunitárias com o propósito de elas lançarem ações tanto de orientação continuada quanto de mutirões de controle aos locais de risco de reprodução do vetor.