A humanidade já enfrentou, durante sua história, diversos problemas de saúde pública, como a peste bubônica e a varíola. Hoje, a ameaça é o Aedes aegypti, que tem preocupado principalmente as autoridades da America Latina, por causa da sua fácil reprodução, adaptação ao ambiente latino-americano e por ser vetor dos vírus causadores da dengue, zika e chikungunya. Na tentativa de controlar a reprodução do mosquito e consequentemente a transmissão dos vírus, os governos iniciaram campanhas educativas nas escolas, mídias e ruas, buscando conscientizar a população sobre os riscos que o mosquito traz e como impedir sua propagação. Porém, essas campanhas não foram o suficiente para mudar a atitude de grande parte da população. A insistência em comportamentos inadequados que facilitam a reprodução do mosquito nos mostra que, por mais que tenha algum resultado nisso, a conscientização da população por si só não mudará esse cenário. É preciso, então, aplicar outras formas de controle social junto com essas antigas medidas. Em seus livros, Skinner explica que a melhor maneira de se controlar um comportamento é aplicando um reforço operante sempre, ou quase sempre, que o comportamento desejado seja emitido. Em outras palavras, recompensar o indivíduo quando esse agir bem. Logo, aplicando o que sabemos o que sabemos sobre o comportamento humano, podemos aumentar a eficiência das políticas públicas de combate ao mosquito. Aliando, por exemplo, a educação sanitária e as políticas de conscientização sobre o Aedes aegypti com leis que recompensam quem combate o mosquito e puna quem facilita sua reprodução, será obtido, com certeza, resultados muito mais satisfatórios.