Eclode, a princípio, na Europa do século XVIII e, posteriormente, no Brasil, o célebre movimento literário romântico, que exaltava os sentimentos pessoais. Isto é, foi enaltecida a tendência humana em se libertar de quaisquer atitudes de amparo perante o meio que o cerca. Nesse sentido, urge-se combater a escassez das ações de solidariedade herdada desse período e começar a dar ênfase, por exemplo, na doação de órgãos. Em primeiro plano, sabe-se que há princípios cingidos pela sociedade, tal como o individualismo, que coíbem a ascensão dessa filantropia. Ao adotar o sistema capitalista num país, os governantes e as empresas, por conseguinte, alienam o cidadão com seus produtos e o exploram no trabalho, fazendo esses operários ansiarem, cada vez mais, pela propriedade, ainda que para isso abandone certos valores. A consequência dessa intempérie circunda a própria comunidade, que sofre hoje com a violência, corrupção e, principalmente, com as negligências sociais seja da massa seja das autoridades. Sendo assim, o Poder Público deveria criar campanhas publicitárias a nível federal que incentivassem a oferta de membros do corpo. Outrossim, a eminente censura dada à questão da gentileza no âmbito da saúde é também um desafio para atingir a harmonia do quadro de doação. John Locke, filósofo inglês e adepto ao liberalismo, inferia que ler fornece conhecimento e pensar incorpora a leitura. Ao analisar sob esse prima, percebe-se que a desatenção concedida ao assunto pelos meios de comunicação, redes sociais e centros culturais propiciou a defasagem das cirurgias, visto que não existe reflexões coletivas acerca disso. Portanto, a imprensa vive uma contradição, em que, apesar de ser considerada o quarto poder, não exerce essa influência de forma assertiva. Dessarte, precisa-se, celeremente, superar as problemáticas que culminam no deficitário número de concessão de órgãos na nação. Então, cabe ao Ministério da Educação, conjuntamento com o os profissionais do Ministério da Saúde, ofertar cartilhas e palestras aos jovens, a fim de explicar a importância de discutir e colaborar nessa causa. É de incumbência da mídia retratar em suas novelas a diferença feita quando se dá o sim à cessão de parte do organismo em vida, agregando, assim, mais doadores. Em vista disso, afastar-se-á, progressivamente, dos conceitos difundidos ao longo do Romantismo, enquanto se assemelha ao bem-estar comunitário.